Diniz valoriza vitória do São Paulo e diz que placar poderia ter sido maior no clássico: “Não sofremos”

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues 

Veja como foi a entrevista do técnico do Tricolor após vitória sobre o Corinthians, em casa.

Após a vitória do São Paulo por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Morumbi, neste domingo, pelo Brasileirão, o técnico Fernando Diniz avaliou a atuação do Tricolor como positiva. Mais do que isso: o comandante acha que o placar poderia ter sido mais folgado contra o rival.

– Temos que valorizar o que o São Paulo fez. O placar poderia ter sido, pelo menos, 2 a 0 para o São Paulo. A gente não sofreu em nenhum momento. Soubemos controlar o Corinthians com a posse, evitando o contra-ataque e a bola parada. Acho que poderíamos ter saído com um placar maior, muito pelo mérito do São Paulo que soube jogar contra o Corinthians. Aproveitar a oportunidade para agradecer o apoio do torcedor, que fez diferença. Espero que a gente consiga trazer mais alegrias – disse Diniz.

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Fernando Diniz e Fábio Carille no gramado do Morumbi: os dois cresceram juntos em São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

No primeiro tempo, o São Paulo, segundo Diniz, se arriscou menos do que deveria. Mas a mudança de postura na etapa final ajudou o Tricolor a conquistar a vitória em gol de pênalti de Reinaldo.

– Tínhamos que tomar cuidado com os contra-ataques do Corinthians. Na tentativa de se preservar muito, nos arriscamos menos do que deveria. No segundo tempo ajustamos para ser um time mais agressivo com a posse, que a gente tinha treinado. Não teve nada de surpresa no jogo. A gente tinha mais condição de atacar a primeira linha de volante deles, jogar atrás da linha e explorar os lados. No segundo tempo conseguimos fazer isso. A gente procurou retomar a bola antes. O São Paulo mereceu a vitória – analisou o técnico.

O São Paulo volta a campo pelo Campeonato Brasileiro na próxima quarta-feira, às 21h, contra o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte. Após 25 jogos, o Tricolor tem 43 pontos e aparece na quinta colocação.

Leia mais tópicos da entrevista:

Reencontro com Carille

– Reencontrar o Carille é um grande prazer, tem uma trajetória de vida bonita, que parece com a minha. Fico feliz pelo sucesso dele. Esse negócio das escolas é muito difícil. Quando a gente ganha ou perde os comentários são efusivos. Ganhou a equipe hoje que conseguiu se impor, não só pelo modelo de jogo, futebol é mais que isso. Os jogadores têm se entregado. A parte tática é um sub-produto do principal, que é a relação entre seus elementos. Os jogadores têm uma ótima convivência.

Sobre Luan

– O Luan está crescendo cada vez mais, assim como outros jogadores jovens. Está cada vez mais maduro, acreditando no seu potencial. Além de ter muita força física para marcar e ocupar espaço na defesa, é um jogador que tem boa técnica. Futuro promissor.

Até onde pode chegar?

– O São Paulo pode chegar muito longe, temos que pensar sempre no melhor. É trabalhar treino a treino, jogo a jogo, mas o São Paulo sempre vai entrar para vencer o jogo. A postura do time vai ser sempre agressiva, encarando o adversário de peito aberto. Acredito que essa equipe tem muito para evoluir em termos de qualidade de jogo e pontuação no campeonato.

Imagina começar bem?

– Eu imaginava, sim, começar bem no São Paulo. Um time desse tamanho, com os jogadores que tem, a estrutura que tem, o staff que tem. O São Paulo tem uma estrutura muito boa. O staff, em todos os setores, é um lugar diferente para se trabalhar. Além do material humano ser de excelentes profissionais, são todos muitos generosos. A parte da segurança, departamento médico, assessoria de imprensa e o próprio presidente, trata todos pelo nome. O São Paulo merece viver dias melhores.

Evolução

– O caminho para percorrer é sempre longo, nunca termina. Os jogadores estão tentando sempre atingir seu limite máximo. Um jogo muito simbólico foi contra o Flamengo. A gente praticamente não treinou, e os jogadores mostraram que têm muito recurso. Nós, trabalhando juntos, a tendência é sempre melhor, não temos limites para melhorar. O futebol, às vezes, se confunde com a minha própria vida. Temos que fazer o melhor possível. Todos os dias que vamos lá treinar é um dia sagrado para fazermos o melhor e colher coisas boas.

Sobre Igor Gomes e Hernanes

– Eu acho que o Igor Gomes é um dos titulares, não considero ele reserva, está sempre pronto para sair de titular. O Hernanes é um jogador que tem uma história muito grande no clube, teve uma série de problemas no seu retorno e está crescendo jogo a jogo. Ele fez um grande primeiro tempo contra o Bahia e hoje contribuiu. A tendência é que todos cresçam. Hoje, praticamente, ninguém falou das ausências que era para o time sentir. Temos muita gente boa para jogar.

Briga pelo título

– Eu não sei o que pode restar para o São Paulo e a gente também não controla o Flamengo. Temos que procurar fazer o melhor possível. O Flamengo vive um grande momento e não temos controle sobre eles. A equipe pode fazer jogos cada vez melhores. A equipe tem tudo para evoluir durante o campeonato.