Palmeiras e São Paulo se enfrentam e ainda mostram heranças de Cuca

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UOL

Danilo Lavieri e José Eduardo Martins

Palmeiras e São Paulo entram em campo amanhã, às 19h30, no Allianz Parque, com heranças distintas de Cuca. O treinador teve duas passagens recentes no Alviverde e uma outra na equipe do Morumbi e dividiu opiniões. Os palmeirenses têm na memória o título do Brasileirão de 2016, mas lamentam todas as eliminações nos mata-matas, tanto na Copa do Brasil quanto na Libertadores. É bom lembrar, também, que Deyverson é uma herança do treinador, que insistiu pela sua contratação que custou quase R$ 20 milhões.

Nomes como Keno, Raphael Veiga e Hyoran também passaram pela indicação de Cuca, que saiu antes mesmo de trabalhar com as contratações após o título de 2016. Foi sob o comando do mesmo treinador que o Alviverde passou a usar bastante da jogada vertical, diretamente para a área do adversário, inclusive nos lançamentos direto para a área a partir de um lateral. O estilo de jogo, inclusive, ainda tem as suas marcas na equipe e leva o nome de “Cucabol”. Marcos Rocha herdou a função que era de Moisés de colocar a bola direto na pequena área com as mãos.

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Agência Palmeiras

Do outro lado do muro, Cuca passou menos de seis meses à frente do São Paulo, ainda assim, deixou alguns legados para o seu sucessor. Antes mesmo de assumir o time, quando ainda estava de licença médica, ele teve reuniões com dirigentes e a comissão técnica. Pediu a saída de alguns jogadores, como Diego Souza, Nenê e Bruno Peres. Jucilei também fora afastado do elenco profissional para buscar oportunidades em outro time, mas não fechou uma transferência.

Por outro lado, o técnico insistiu com a diretoria na contratação de Tchê Tchê. Apesar do valor considerado alto para os padrões do São Paulo, o clube investiu 5 milhões de euros para o meio campista deixar o Dínamo de Kiev e voltar ao Brasil. O volante não deixou o time titular – exceto por suspensão. O São Paulo também trabalhou para trazer Calazans e com Raniel, que veio para suprir a ausência de um centroavante de referência. A dupla, no entanto, ainda não se firmou. Raniel ainda chegou a ser utilizado em alguns jogos no lugar de Pablo, mas Calazans é pouco usado.

Taticamente, o time já não tem mais as características do período em que era comandado por Cuca. A luta pela posse de bola e o toque viraram as obsessões no Tricolor. Apesar da filosofia diferente, o São Paulo de Diniz ainda sofre com um mesmo problemas dos tempos de seu antecessor: o baixo índice de finalizações. O Tricolor até pode até ter criado muito mais nas últimas rodadas, mas a conclusão das jogadas segue sendo um problema. O time tem um ataque pouco eficiente, principalmente em comparação com os seus adversários neste Brasileiro. Até agora, a equipe balançou as redes apenas 29 vezes – sendo que o Palmeiras marcou 44 gols.