Preso entre os zagueiros, Pato sofre sem um companheiro de ataque

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GazetaEsportiva

São Paulo teve atuação fraca em Belo Horizonte e foi derrotado pelo Cruzeiro, na quarta-feira. A equipe não conseguiu criar chances para marcar e viu Alexandre Pato isolado, com dificuldade para se desmarcar dos zagueiros da Raposa. O atacante, inclusive, tem sofrido para atuar como centroavante no Tricolor.

Pato recuperou-se de uma lesão na coxa esquerda e foi titular nas últimas três partidas do São Paulo. O jogador passou em branco nos jogos e apenas contra o Bahia iniciou o confronto atuando pela ponta-esquerda. Por conta da lesão de Pablo na Fonte Nova, o atacante teve que ser deslocado para a referência do sistema ofensivo.

Sem Pablo, Diniz tem escalado Pato como centroavante (Foto: Rubens Chiri/São Paulo)

Por não ter a força física como característica principal, Pato tem dificuldade para receber a bola de costas para o zagueiro e dar continuidade à jogada. Contra o Cruzeiro, o jogador foi o atleta titular do Tricolor que menos tocou na bola, tendo acertado apenas dez passes e errado outros três. O atacante teve uma boa chance para marcar após de desmarcar, mas finalizou em cima de Fábio.

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Pablo teve lesão confirmada há uma semana e ainda deve permanecer cerca de 20 dias fora dos gramados. Raniel já recuperou-se da amigdalite e voltou a ser relacionado por Fernando Diniz, porém não saiu do banco de reservas no jogo contra o Cruzeiro.

Após a partida em Belo Horizonte, o treinador afirmou que Pato sente falta de um centroavante ao seu lado. Apesar isso, o comandante do Tricolor acredita que um camisa 9 não seria determinante no confronto contra o Cruzeiro.

“Se o Pablo está jogando junto com Pato, você ganha mais nesse sentido. Mas só se ter o Pablo na área não adiantaria muita coisa. Depois tivemos volume com cruzamentos, mas para ganhar da zaga do Cruzeiro é difícil, como ganhar da nossa também. O gol do Cruzeiro saiu porque nossa defesa estava desmontada. Você faz o gol não só por ter jogador de referência, mas sim pelo número de jogadores dentro da área, encurta o campo para pegar a segunda bola”, analisou Diniz.