GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Tricolor acumula segunda derrota seguida dentro de casa, vê G-4 distante e vaga ameaçada.
O São Paulo deve ligar um sinal de alerta com urgência para não dar novo vexame em 2019. Com a derrota para o Athletico-PR, no último domingo, no Morumbi, o Tricolor começa a correr sérios riscos de não se classificar para a Libertadores do ano que vem.
Restando seis rodadas e 18 pontos em disputa, o São Paulo chega ao fim desta 32ª rodada com 52 pontos ganhos e na quinta posição. O Grêmio, quarto colocado, tem 56. O sexto colocado é o Athletico-PR, já classificado, com 50, seguido de Inter e Corinthians, ambos com 49.
Ou seja, a distância para sair do grupo dos sete primeiros colocados é menor do que para se classificar de forma direta para a Libertadores.
Nota da redação: caso o Athletico-PR termine o Brasileirão entre os seis primeiros colocados, o sétimo também vai para o torneio continental. O clube paranaense foi campeão da Copa do Brasil e tem vaga garantida). Ainda há a possibilidade de aumentar para G-8 se o Flamengo ganhar a Libertadores.
Fernando Diniz durante São Paulo x Athletico — Foto: Marcos Ribolli
E a forma com que o time vem atuando liga ainda mais o sinal de perigo. O revés do último domingo foi o segundo seguido do São Paulo dentro de casa – perdeu para o Fluminense na quinta-feira.
A falta de gols e a apatia demonstrada são preocupantes.
Outra preocupação são os jogos que o São Paulo tem na sequência. Das seis partidas restantes, quatro são fora de casa, e o desempenho do técnico Fernando Diniz não é nada empolgante como visitante: foram duas derrotas, dois empates e apenas uma vitória.
Veja abaixo os últimos seis jogos do São Paulo:
- 33ª rodada – Santos (Vila Belmiro)
- 34ª rodada – Ceará (Castelão)
- 35ª rodada – Vasco (Morumbi)
- 36ª rodada – Grêmio (Arena do Grêmio)
- 37ª rodada – Internacional (Morumbi)
- 38ª rodada – CSA (Rei Pelé)
A não classificação do São Paulo para a Libertadores, seja ela direta para a fase de grupos ou para a fase prévia, é vista como inadmissível nos bastidores do clube.
O investimento feito nas contratações de Tchê Tchê, Alexandre Pato, Pablo, Daniel Alves, Raniel e Hernanes foi projetado para que ao menos o time chegasse entre os quatro primeiros do Brasileirão.
E justamente os maiores investimentos são aqueles que não vêm dando resultado dentro de campo.
Alexandre Pato, principalmente com Diniz, não se encontrou. O último gol dele foi contra o Santos, no dia 10 de agosto. Raniel, que o São Paulo terá de pagar R$ 13 milhões a parceiros em 2020, é reserva.
Daniel Alves, por sua vez, não é o jogador decisivo que se esperava. Hernanes não consegue resgatar o futebol apresentado em outras passagens. Os dois últimos, inclusive, foram alvo de protestos da torcida.
Segundo o diretor de futebol Raí, o cargo de Fernando Diniz não está ameaçado após 11 jogos no comando. Uma frustração em não ficar pelo menos entre os sete primeiros colocados, porém, pode mudar todo o panorama
Após derrota para o Athletico-PR, Raí fala sobre cobranças internas no São Paulo
Afinal, o São Paulo não é o melhor lugar para se acreditar quando falam que o técnico está garantido no cargo. Somente este ano o clube já teve quatro técnicos diferentes, sendo um deles interino em quase todo o Campeonato Paulista.
O alerta já está ligado e agora vai depender de uma mudança por completo no espírito do elenco para que a situação seja revertida. A semana será livre para treinos, conversas e para aparar as arestas que estão cada vez maiores pelo Morumbi.