GazetaEsportiva
O São Paulo vive uma grave crise no ataque. Com apenas 32 gols marcados em 32 rodadas do Campeonato Brasileiro, o time comandado pelo técnico Fernando Diniz só balançou as redes mais vezes que seis times que disputam a competição, um número bastante ruim para um elenco estrelado e que possuía pretensões ambiciosas em 2019.
Na atual temporada, o São Paulo vem lidando com o pior ataque de sua história, com uma média inferior a um gol por jogo. Já no Campeonato Brasileiro, os números são levemente melhores, com uma média de um gol por partida, pouco comparado ao investimento da diretoria.
Mas por que o Tricolor não conseguiu embalar ofensivamente neste ano? Quatro treinadores passaram pelo clube ao longo da atual temporada e nenhum deles conseguiu mudar o panorama do ataque são-paulino. Seria culpa de quem dirige a equipe ou são os jogadores que costumam atuar lá frente que estão devendo?
De fato, os atacantes que o São Paulo contratou para esta temporada não vivem grande fase, apresentando um futebol bem abaixo daquilo que um dia renderam. Alexandre Pato, por exemplo, não conseguiu encaixar no Tricolor desde seu retorno, embora tenha sido o protagonista do último San-São, em que marcou dois gols na vitória por 3 a 2. O camisa 7 ainda é o artilheiro do time no Campeonato Brasileiro ao lado de Reinaldo, com cinco gols.
Outro grande nome que chegou em 2019 para reforçar o ataque do São Paulo foi Pablo. O camisa 9 desembarcou ao Morumbi depois de o clube desembolsar R$ 25 milhões para tirá-lo do Athletico-PR, se tornando a contratação mais cara da história do Tricolor, mas também não teve sorte na nova equipe.
Somente neste ano, Pablo já sofreu três lesões. No jogo de ida da semifinal do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, o atacante sofreu uma pancada nas costas que acabou gerando danos ao seu sistema nervoso. Posteriormente, foi descoberto um cisto na região lombar da sua coluna, e ele teve de ser submetido a uma cirurgia. Depois, sofreu uma lesão ligamentar no tornozelo, justo no jogo em que retornou da primeira lesão. E, mais recentemente, foi vítima de um estiramento muscular, ficando de fora de seis rodadas do Brasileirão.
Mesmo com todos esses problemas físicos, Pablo segue como artilheiro do São Paulo neste ano, com sete gols. Sim, é um número baixíssimo se levar em conta o dinheiro gasto pela diretoria com a contratação do atacante, que ainda não conseguiu ter uma longa sequência como teve ano passado no Athletico-PR.
Contratado por R$ 13 milhões, Raniel foi outro reforço que chegou ao São Paulo para suprir a carência no ataque, mas também não conseguiu dar conta do recado até agora. O jogador, bem avaliado pelo técnico Cuca, marcou apenas um gol desde que desembarcou no Morumbi e vem sendo reserva com Fernando Diniz, se consolidando como mais um atleta do setor ofensivo que não vem dando retorno nesta primeira temporada no clube.Confira os seis times que marcaram menos gols que o São Paulo no Brasileirão:
11º: Vasco – 31 gols
14º: Botafogo – 28 gols
16º: Cruzeiro – 26 gols
18º: CSA – 21 gols
19º: Chapecoense – 25 gols
20º: Avaí – 16 gols