GloboEsporte
Marcelo Hazan
Contrato do treinador não tem prazo de validade nem multa rescisória.
Apesar da oscilação do time, a diretoria do São Paulo planeja ter Fernando Diniz como técnico do time em 2020. A ideia, por enquanto, é manter o treinador mesmo se a equipe não conquistar uma vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores.
Neste momento, o São Paulo é o sexto colocado, com 53 pontos. Restam cinco jogos para o encerramento do Brasileirão.
Ou seja, se o clube seguir esse planejamento, Fernando Diniz também permanecerá caso a equipe conquiste uma vaga na fase prévia da Libertadores, de mata-mata, antes da fase de grupos.
O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse estar “muito feliz com o trabalho do treinador” e garantiu sua permanência em 2020, em entrevista ao site da “Espn”.
Em 12 jogos, Fernando Diniz tem 50% de aproveitamento – o antecessor Cuca teve 47,4% (veja todos os números no fim da reportagem).
O contrato do comandante foi fechado dentro das normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sem multa rescisória nem prazo de validade, o que facilita um eventual rompimento para os dois lados.
São Paulo quer manter Fernando Diniz para 2020 — Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net
De olho em 2020, o próprio Fernando Diniz projeta contratações pontuais no São Paulo, pois considera o atual elenco bom.
Do ponto de vista financeiro, o clube também não sinaliza nos bastidores buscar reforços de peso. Pelo contrário: o Tricolor precisa negociar jogadores, após registrar déficit de R$ 76,5 milhões de janeiro a agosto. Antony, Liziero e Walce estão entre as possibilidades de vendas para 2020.
– Pontualmente o São Paulo tem que contratar. Contratar jogador para o São Paulo não é uma tarefa fácil, não é fácil achar no mercado um jogador para vir e resolver. Eu sou muito seletivo para indicar ou escolher jogador para vir para um time desse tamanho. Certamente deve chegar um ou outro, mas estou contente – afirmou Diniz, no dia 5 de novembro, ao “Seleção SporTV”.
Fernando Diniz é o quarto técnico do São Paulo em 2019. Antes dele, Cuca, Vagner Mancini e André Jardine dirigiram a equipe. Essa constante troca de treinadores também joga contra uma nova mudança no comando técnico do São Paulo.
Por outro lado, a situação do diretor executivo de futebol Raí segue indefinida. Ele não está garantido em 2020. Seu contrato vale até dezembro. O dirigente está pressionado pelos resultados e gastos do departamento de futebol, mas inicialmente não pensa em sair.
Nos bastidores do clube, no entanto, uma possibilidade citada seria um acordo entre clube e dirigente ao término deste contrato, para encerrar o ciclo de forma amigável. Se isso acontecesse, Raí voltaria a cuidar da sua fundação, a “Gol de Letra”.
Veja os números de Fernando Diniz no São Paulo:
- 12 jogos
- 5 vitórias
- 3 empates
- 4 derrotas
- 10 gols marcados
- 9 gols sofridos
- 50% de aproveitamento