SPFC procura explicação para apatia de Pato, que pode perder vaga no time

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UOL

José Eduardo Martins

Para boa parte da torcida, Alexandre Pato virou o símbolo da apatia do São Paulo na derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, na última quarta-feira, no Allianz Parque. O atacante encostou pouco na bola e acabou sendo substituído por Raniel durante o segundo tempo. Essa, porém, não foi a primeira atuação abaixo do esperado do camisa 7. Por isso, a comissão técnica tenta encontrar uma explicação para a queda de produção do jogador, que pode perder a sua vaga entre os titulares no duelo com a Chapecoense, amanhã, em Chapecó.

Contratado no fim de março, quando a equipe disputava a fase final do Paulista, ele só foi liberado para estrear no Brasileirão, no dia 27 de abril. O fato de ter ficado muito tempo sem atuar – a última rodada do Campeonato Chinês fora disputada no dia 11 de novembro de 2018 – comprometeu o condicionamento físico do atleta. Tal fato pode explicar também as lesões que ele sofreu nesta temporada.

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O posicionamento do jogador é algo que também pode ajudar a elucidar o caso. O atacante já declarou diversas vezes que não gosta de atuar como centroavante. Com a ausência de Pablo, que também não pôde entrar em campo em diversas partidas por causa problemas médicos, Pato teve de jogar mais centralizado e rendeu muito abaixo do esperado. Mas não é que Fernando Diniz espere ver o jogador fixo na área. Pato ainda tem margem de manobra em meio a seu sistema.

A falta de atenção também motiva as críticas. Na partida contra o Avaí, por exemplo, ele perdeu uma oportunidade incrível. Sem goleiro, o atacante mandou a bola para fora (veja abaixo). Essa foi a chance mais clara desperdiçada na ocasião. Mas o atacante falhou seguidas vezes, já despertando críticas da torcida, a despeito da vitória.

Quando retornou ao São Paulo neste ano, Pato não tinha a indicação do então técnico Cuca. Aos poucos, ganhou o seu espaço. Fernando Diniz também parece manter a confiança no atacante, e, sempre que possível, o elogia. Ainda assim, no dia a dia, o treinador procura entende melhor a situação. “Ele não é um jogador para atuar fixo na área, como um 9, como o Deyverson no Palmeiras. Não acho que o rendimento seja apenas ligado ao posicionamento”, disse Diniz.

Tal performance se assemelha ao período em que defendeu o Corinthians em 2013, quando ganhou fama de displicente. Nas temporadas seguintes, porém, entre 2014 e 2015, ele conquistou os tricolores ao marcar 38 gols. Por isso, quando esteve no exterior sobravam pedidos de tricolores para ele voltar ao clube. Em 2019, o desejo de muito se realizou, mas ele balançou as redes apenas cinco vezes em 19 jogos.

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