“Corinthians-98, SP-93 e Palmeiras-96”: os melhores que André Luiz já viu

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Marcello De Vico e Vanderlei Lima

Campeão mundial e da Libertadores pelo São Paulo em 1993, André Luiz teve a oportunidade de jogar não só por grandes times da capital paulista – ele também defendeu Corinthians e Santos -, mas também por equipes de nome do futebol europeu, como o Paris Saint-Germain e o Olympique de Marselha, da França. E como não poderia deixar de ser, o ex-lateral esquerdo pôde atuar com (e contra) os grandes craques do futebol ao longo de sua sólida carreira.

E nada como aproveitar um jogador com um currículo como o de André Luiz para fazermos aquelas perguntas que os amantes de futebol mais gostam, não é? Quem são os melhores jogadores que você teve a oportunidade de assistir? E qual o melhor time que você viu jogar? Começamos com essa segunda, em uma entrevista exclusiva ao UOL Esporte que o ex-atleta, hoje com 45 anos, concedeu durante o jogo de futebol solidário de celebridades denominado Driblando o Câncer, disputado no último domingo (15), no Parque São Jorge.

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UOL Esporte: Qual o melhor time que você viu jogar? André Luiz: Os grandes times que eu vi jogar foram o São Paulo de 1993, o Palmeiras de 1996 e o Corinthians de 1998. Estes foram os times da minha geração que realmente marcaram época. Ganharam tudo e tinham grandes jogadores. UOL Esporte: Quais os três melhores jogadores da história que você viu jogar? André Luiz: O primeiro de todos, o Messi. Segundo, o Ronaldo Fenômeno, e terceiro o Muller, ex-São Paulo.

Reprodução/Instagram

UOL Esporte: O que já te fez chorar no esporte? André Luiz: Conquistas. Na verdade, tem momentos de derrota que a gente chora também, mas o choro da alegria é muito maior que o choro da tristeza. Então, o choro de ter sido campeão mundial, de ter sido convocado para a seleção brasileira… São choros que a gente jamais vai esquecer. UOL Esporte: O jogo de futebol que mais o irritou na vida…

André Luiz: Talvez contra a Nigéria, na Olimpíada de 96 (Atlanta), em que a gente estava ganhando o jogo de 2 a 0 e acabamos tomando três gols em poucos minutos. É um jogo que não gosto muito de lembrar porque a gente tinha a medalha de ouro praticamente no bolso, né? E escapou. UOL Esporte: Essa derrota para a Nigéria tem explicação? André Luiz: Não, não teve, coisas de futebol. No futebol você tem de manter o foco do primeiro até o último minuto, e talvez a gente tenha pecado nos últimos dez minutos.

UOL Esporte: Qual o comentarista que você mais gosta e o que menos gosta? André Luiz: Olha, tem vários bons comentaristas hoje. Gosto bastante do Caio Ribeiro, ele jogou comigo, é um cara que se preparou para isso, tem uma percepção muito boa na hora do comentário. E o que menos gosto não tenho, nunca tive problema com nenhum deles. A verdade é que nós temos as nossas preferencias, mas não tem nenhum que me irrita. UOL Esporte: Qual o momento do esporte que você não esteve, mas queria muito ter visto in loco?

Reprodução/Instagram

André Luiz: Copa do Mundo. Acho que em 98 eu tinha uma chance muito grande de ir para a seleção brasileira, eu já estava indo desde 97, eram eu e o Roberto Carlos os laterais esquerdos da seleção, mas aí optei por ser vendido para a Espanha, ao Tenerife, e, quando você é vendido para um time da Europa que não é um time de ponta, você acaba saindo da vitrine. No Brasil, todo mundo sabe que a concorrência é muito grande, de grandes jogadores. Então, naquele momento, optei por ter esta transferência, que financeiramente foi excelente para mim, não tenho nada a reclamar. Mas acho que o momento sublime, que todo jogador de futebol tem, é jogar uma Copa do Mundo.

UOL Esporte: Qual o seu projeto para 2020? Retorna aos EUA? André Luiz: Eu cheguei dos EUA há pouco tempo, fiquei nove anos lá. Meu projeto hoje é estar mais perto da minha família, dos meus filhos, dos meus amigos, e a gente coloca o nosso plano nas mãos de Deus, que é a minha maior influência, minha maior inspiração, então tenho certeza de que os planos dele são melhores que os meus. UOL Esporte: E o futebol como treinador?

André Luiz: Não, não tenho perfil para isso. Hoje eu jogo muito futevôlei, alguns jogos festivos de futebol, como hoje aqui, mais para eu me manter em forma. Mas não tenho a pretensão de ser treinador de futebol, não.

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