São Paulo precisa vender atletas para evitar déficit de R$ 180 milhões em 2019; veja os detalhes

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan

Entenda o que levou o Tricolor a esse alto prejuízo nesta temporada.

O São Paulo terá déficit de R$ 180 milhões se não vender jogadores até o dia 31 de dezembro. O número foi apresentado durante reunião do Conselho Deliberativo na última quinta-feira, no Morumbi. O rombo financeiro ocorreu por alguns motivos:

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  • Eliminações precoces na Libertadores e Copa do Brasil (clube perdeu receitas com bilheteria e premiações);
  • Alto investimento no futebol sem resultados esportivos;
  • Acordos judiciais de casos antigos que o clube decidiu quitar agora: R$ 25 milhões em processos antigos contra o clube por direito da arena, R$ 30 milhões do “caso Ricardinho” e R$ 5 milhões em processo da CET contra os clubes (outros também perderam). Os três totalizam R$ 60 milhões.

Até o fim do ano o São Paulo também projeta receber R$ 80 milhões com negociações de jogadores. Ou seja, se isso se confirmar, o déficit cairia para cerca de R$ 100 milhões. De janeiro a agosto, o relatório da diretoria do São Paulo apresentava déficit de R$ 76,5 milhões.

Antony, Walce e Liziero são os jogadores do elenco do São Paulo mais visados no mercado da bola. O atacante é alvo do Borussia Dortmund e do RB Leipzig, enquanto o zagueiro desperta interesse do Bragantino, com o qual há conversas em andamento.

Em 2020, o São Paulo pretende amortizar a dívida em R$ 200 milhões. O orçamento projeta superávit de R$ 68 milhões (dez vezes acima do que o inicialmente previsto).

Para alcançar esse número, o clube projeta receitas de 33 milhões de euros (cerca de R$ 154 milhões) com negociações de jogadores, sendo 75% do valor recebido à vista. Haverá também corte na folha salarial. No início de dezembro, quatro funcionários da comissão técnica foram demitidos.

Por outro lado, o São Paulo projeta R$ 22 milhões para investimento em contratações de jogadores – aqui está inclusa a compra de Igor Vinícius, por R$ 2 milhões, parcelados ao longo de 2020.

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

O principal foco para os próximos três anos é a redução da dívida bancária do clube em 50% ano a ano. Estima-se que atualmente a dívida com bancos (conta garantida, financiamento, antecipação de recebíveis de venda de ordem e empréstimo) seja de R$ 55 milhões.

Outra mudança será no que diz respeito à cobrança sobre as diretorias. A partir de 2020, os diretores devem apresentar seus resultados mês a mês. O objetivo é ter mais transparência no trabalho e que cada diretor passe a ser cobrado por metas.

As premissas da proposta orçamentária de 2020 serão usadas como base de 2021 a 2023. Mas ano a ano esses números serão revisados e novamente aprovados. Em dezembro do ano que vem, o clube vai eleger um novo presidente. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não poderá tentar a reeleição.

Mal-estar

Durante a reunião de quinta-feira, conselheiros do São Paulo questionaram números sobre o futebol e houve discussão com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O diretor executivo Raí e o gerente de futebol Alexandre Pássaro não participaram do encontro. O time comandado por Fernando Diniz volta aos treinos para a pré-temporada no dia 6 de janeiro.

1 COMENTÁRIO

  1. Tudo isto é fruto de um presidente incompetente, arrogante e sua diretoria de amadores, irresponsáveis,
    pois fizeram uma lambança com as contratações de lixos e perebas, para depois emprestarem de graça e pagarem salários exorbitantes.
    Sem contar com a verdadeira troca-troca de técnicos meia boca.
    Leco a pior gestão do clube, PICARETA ELE E SEU ESCUDEIRO RAIGUEVARA.
    BANDO DE LIXOS.