Lesão deve brecar possível venda de Walce ao Bragantino; São Paulo perde opção na zaga

GloboEsporte

Marcelo Hazan

Tricolor havia recusado R$ 27 milhões por 80% dos direitos e queria condições melhores, mas negociação poderia ocorrer ainda em janeiro.

A grave lesão de Walce, do São Paulo, deverá brecar a possibilidade de negociação do zagueiro com o Bragantino. O Tricolor havia recusado uma sondagem de seis milhões de euros (cerca de R$ 27 milhões) por 80% dos direitos, pois queria uma oferta com condições melhores.

A diretoria tricolor queria uma proposta com valor maior ou aumentar sua fatia na porcentagem a ser mantida futuramente, caso houvesse uma venda. Apesar da recusa inicial do São Paulo, havia a possibilidade de a negociação ser concretizada ainda em janeiro, o que não deverá mais ocorrer.

Walce e o Bragantinho tinham conversas adiantadas, mas faltava um acordo entre os clubes. A previsão é de que o zagueiro fique fora dos gramados de seis a oito meses. A disputa do pré-olímpico pela seleção brasileira poderia valorizar ainda mais o jogador de 20 anos.

Walce é atendio pelos médicos da Seleção, logo após se lesionar — Foto: Raphael Zarko

Com a lesão de Walce, o São Paulo terá de buscar alternativas para diminuir o prejuízo financeiro. Antony, Liziero e Igor Gomes são os outros jogadores do elenco visados no mercado.

O clube fechou o ano de 2019 com déficit de R$ 180 milhões. Em 2020, o orçamento projeta cerca de R$ 154 milhões com negociação de atletas.

Post de Walce deste domingo, após ter sofrido a lesão — Foto: Reprodução/Instagram

Do ponto de vista técnico, Fernando Diniz agora tem à disposição no elenco Bruno Alves, Arboleda e Anderson Martins como primeiras opções.

Além deles, Fernando Diniz usou Luan como defensor na goleada por 6 a 1 sobre a Caldense, em jogo-treino realizado domingo, em Cotia.

A outra opção de zagueiro é Diego Costa, capitão do título da Copinha de 2019 integrado ao grupo e que participa da pré-temporada. Ele estreou como profissional contra o CSA, na última rodada do Brasileirão do ano passado, quando o São Paulo jogou com um time praticamente inteiro formado em Cotia.