GloboEsporte
Marcelo Hazan
Atacante lamenta lesões em 2019 e projeta temporada melhor no Tricolor.
O ano novo traz novas expectativas para o atacante Pablo. Prejudicado por lesões em 2019, o jogador não conseguiu fazer o ataque do São Paulo engrenar. E se ressente por isso.
O Tricolor terminou 2019 com a pior média de gols de sua história – 0,95 por partida. No Brasileirão, foram apenas 39 gols em 38 jogos – o ataque menos produtivo dos primeiros 13 colocados do campeonato. Apenas três deles foram marcados por Pablo, que marcou outros quatro no Paulistão. Foram sete gols em 28 jogos. Pouco, ele admite, para um jogador em quem o clube tanto apostou.
– Foi um ano atípico na minha carreira, muito difícil. Duas lesões graves. Devendo, não. Empenho e dedicação nunca faltaram. É mais resultado. Gols é o que esperam de mim e dos meus companheiros. Agora estou recuperado e 100%. Cheguei bem para a pré-temporada. Espero um ano totalmente diferente do ano passado, que seja muito bom – disse o atacante.
– Minha meta é não machucar, não ter lesão. Que as fatalidades não aconteçam comigo – completou.
Pablo durante treino do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Pablo não esconde a decepção. Durante a entrevista coletiva nesta quinta-feira, enquanto uma repórter falava sobre os poucos gols do São Paulo em 2019, Pablo a interrompeu e disse:
– Muito pouco.
Ele acredita que as lesões atrapalharam. Para Pablo, é motivo para os jogadores ficarem “inconformados”.
– Em momentos importantes, perdemos jogadores: Pato, Everton, Toró e eu. Óbvio que o time sente isso. Temos de estar inconformados com isso. Não pode um time como o São Paulo fazer uma quantidade de gols tão baixa com esses jogadores. Temos de nos dedicar, fazer o que treinador pede para ter um ano completamente diferente.
Mesmo que o São Paulo não tenha feito grandes contratações para a nova temporada, Pablo entende que a manutenção do elenco é um trunfo para 2020.
– Tivemos contratações, sim: Igor (Vinícius), Vitor (Bueno) e (Tiago) Volpi permaneceram. Acredito muito na sequência do trabalho. No futebol brasileiro, começa mal e tudo tem que mudar. Não é bem dessa forma. Se o clube acredita no jogador e ele tem potencial, precisa ter base e sequência. O clube fez muito bem. Óbvio que quando chega jogador, vem para ajudar. Vivi isso no Athletico-PR com uma base. Posso dizer com segurança: em time que se conhece e sabe a filosofia do treinador, as coisas prosperam. Óbvio, Pato, Hernanes e Everton são top, nível absurdo no futebol brasileiro. Óbvio que se estiverem em alto nível físico e técnico, vão jogar muito.
“Estamos cientes”, diz Vitor Bueno
Os péssimos números de 2019 também estão na cabeça de Vitor Bueno, que acompanhou Pablo na entrevista coletiva.
– Foi o pior ataque da história, e não estamos satisfeitos. Estamos cientes disso e vamos trabalhar e fazer por onde – garantiu.
Vitor Bueno e Pablo em entrevista coletiva no São Paulo — Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO
O jogador, agora definitivamente contratado pelo São Paulo (antes, estava emprestado), espera colaborar para tornar o ataque mais efetivo.
– Quando cheguei, disse que queria fazer um novo contrato e, na minha função, passes e gols aconteceram. Não tenho meta, mas queremos um título esse ano. Se tiver protagonismo e mais gols, melhor ainda. Fazer gols é um dos meus objetivos. Estou trabalhando para ter um grande ano individualmente e coletivamente.
O São Paulo estreia na temporada na próxima quarta-feira, dia 22, às 21h30, contra o Água Santa, no Morumbi. O jogo será válido pela primeira rodada do Campeonato Paulista.