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Perrone
Abaixo, veja como se comportam alguns dos clubes brasileiros no mercado da bola. Flamengo: o insaciável O campeão brasileiro e da Libertadores se comporta como o cara que tem quase tudo, mas quer mais. Dono do melhor elenco do país, já acertou bons reforços, como Pedro Rocha e Gustavo Henrique. Ainda sonha com Pedro, da Fiorentina. Mas claro, prioriza a manutenção de Gabigol. Fluminense: olhando a vitrine Com pouco dinheiro para gastar, o tricolor carioca tem interesse em vários jogadores, mas até a publicação deste post não tinha anunciado reforços. Parece o sujeito que entra na loja e fala: “só tô dando uma olhada”.
Corinthians: vizinho misterioso É como aquele cara que todo mundo sabe que está com dificuldades pra pagar a prestação da casa própria e outras contas básicas, mas continua indo às compras. Aparece com coisas novas e caras. A vizinhança alvoroçada se questiona: onde ele arrumou dinheiro? Ao mesmo tempo em que tenta um acordo com a Caixa, que foi à Justiça por conta de atrasos no pagamento do financiamento referente a seu estádio, o alvinegro entrou com força no mercado. Topou pagar cerca de R$ 22 milhões à vista por Luan, ex-Grêmio. E deve desembolsar mais de R$ 11 milhões por Cantillo, do Junior Barranquilla.
Botafogo: pés no chão Respeita sua situação financeira, foge dos mercados mais caros e se conforma com o que pode pagar. Grêmio: renova o guarda-roupa com cautela Parece a pessoa que quer renovar o guarda roupa, mas sem gastar muita grana. Prioriza trocas, boas vendas e compras modestas. Internacional: o criativo Até agora apostou em nomes que não apareciam na lista de compras da maioria dos rivais. Trouxe Rodinei, criticado no Flamengo, e Musto do Huesca da Espanha. Palmeiras: acumulador arrependido O alviverde age como aquela figura que saiu comprando tudo o que via, mas se arrependeu. Agora prioriza se livrar do que não usa e pensa melhor antes de gastar.
O maior exemplo dessa política é o empréstimo de Borja para o Junior Barranquilla, além de nenhum jogador ter sido anunciado até a publicação deste post. São Paulo: gastador compulsivo, que passou a ser vigiado pela família. Depois de gastarem mais do que o planejado com reforços em busca de um título que não veio em 2019, Raí e Leco sofrem forte pressão interna para frearem as despesas. Trocas como a de Raniel por Vitor Bueno com o Santos, vendas e compras por valores inferiores ao obtidos com a saída de atletas devem guiar a política tricolor no mercado. Pelo menos é o que o Conselho de Administração do clube espera. Santos: bom de troca Em busca de reduzir gastos, a direção santista só assegurou reforços até a conclusão deste post à base de trocas. Além de Raniel por Vitor Bueno, acertou a contratação de Madson em negócio com o Grêmio que envolveu Victor Ferraz. Red Bull Bragantino: novo rico A situação é igual à do sujeito que ganhou na loteria e ficou milionário da noite pro dia. Passou a frequentar lojas caras e até a fazer ofertas por bens de quem antigamente tinha muito mais poderio financeiro.
Após comprar o Bragantino, a Red Bull injeta dinheiro para reforçar o time em sua volta à Série A. Os alvos são jogadores com potencial de revenda. Para isso, bateu à porta dos grandes em busca de nomes como Artur, do Palmeiras, Walce, do São Paulo, e Alerrandro (ex-Atlético-MG), este já contratado. Vasco: o de sempre De novo com o orçamento apertado, vive sua rotina modesta. Aposta num estrangeiro sem badalação, tenta um medalhão disponível e vai levando.