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Bruno Grossi
A semana será decisiva para o futuro de Jean, que chegou a ser preso nos Estados Unidos por agredir a esposa Milena Bemfica. O São Paulo mantém o desejo de rescindir o contrato do goleiro, mas para isso depende de um aval do departamento jurídico. Advogados do clube e do atleta devem se reunir amanhã (8) para debater o caso. O São Paulo já foi mais objetivo ao falar sobre a rescisão de Jean. Até dezembro, o discurso era de rompimento imediato assim que o arqueiro voltasse de férias. Agora, há uma preocupação de que não seja possível conseguir uma demissão por justa causa. Caso isso aconteça, uma opção seria rescindir unilateralmente, mas seria preciso pagar a Jean todos os salários que lhe restariam até o fim do contrato — que se encerra em dezembro de 2022 —, além da multa rescisória.
Esse cenário da rescisão unilateral é considerado injusto pelo clube do Morumbi. Os dirigentes acreditam que indenizar Jean pela rescisão seria premiá-lo por uma atitude condenada pelo Tricolor e que rendeu uma detenção ao goleiro. Ele foi liberado nos EUA após uma audiência de custódia, mas ainda passará por um processo que pode levá-lo à prisão. Jean desferiu oito socos na esposa, na frente dos filhos, segundo o Boletim de Ocorrência. O atleta está proibido de se aproximar de Milena. – O que pode acontecer com Jean na Justiça?
O elenco do São Paulo se reapresenta amanhã (8) e Jean não dividirá horários com os demais companheiros, mesmo se sua saída do clube não for imediata. A solução caso uma demissão por justa causa seja inviável deve ser negociar o goleiro rapidamente, sem cobrar nenhum pagamento da equipe interessada. O Tricolor não quer mais tê-lo em seu quadro de funcionários, nem mesmo afastado do grupo.