UOL
Bruno Grossi
A venda de Antony é considerada bastante provável até o fim desta janela de transferências para a Europa, na sexta-feira (31). Só que isso não significa necessariamente que o atacante do São Paulo vá sair já neste começo de ano. O Tricolor negocia com os clubes interessados a permanência do garoto pelo menos até junho, quando reabre a janela para os europeus.
O São Paulo precisa de uma grande venda para aliviar os problemas financeiros. A intenção da diretoria, inclusive, era já ter conseguido fechar uma negociação de maior porte no fim de 2019. Como não conseguiu, ficou registrado um déficit de R$ 180 milhões no orçamento do último ano. Os favoritos a sair eram o próprio Antony e Walce, que acabou se lesionando e viu o Red Bull Bragantino sair do negócio.
No caso de Antony, há mais interessados. O São Paulo evita expor qualquer conversa, mas a reportagem do UOL Esporte apurou que dois dos clubes que procuraram o atacante ainda na temporada passada seguem no páreo: RB Leipzig e Borussia Dortmund, ambos da Alemanha. O Nice, da França, foi outro que entrou na concorrência.
O Dortmund foi o mais firme até o momento e chegou a enviar representantes para o Brasil no fim de 2019 para conversar com Antony e conhecê-lo melhor. O clube alemão considera vital para as negociações entender não só as virtudes técnicas de um atleta, mas também a personalidade e as ambições. As primeiras ofertas que chegaram ao São Paulo estiveram próximas de 18 milhões de euros (R$ 83,48 milhões). O São Paulo passou a brigar por valores mais altos e aposta em uma valorização ainda maior de Antony com a disputa do Pré-Olímpico pela seleção brasileira sub-23, na Colômbia. Há um batalhão de olheiros enviados por clubes europeus no torneio.
Por enquanto, os dirigentes só têm conseguido fechar empréstimos. Alguns podem ajudar a reforçar o cofre, como a iminente cessão de Paulinho Boia aos mexicanos do Cruz Azul. Outros servem só para cumprir a meta de aliviar a folha salarial do elenco, como nas saídas de Hudson e Jucilei.