GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Diretoria fez mudanças pontuais na comissão técnica para tentar minimizar problemas.
Um dos principais objetivos do São Paulo em 2020 é diminuir o número de lesões no elenco. Em 2019, o time registrou 48 problemas médicos ao longo da temporada. As ausências de jogadores importantes, inclusive, atrapalharam o time durante as competições disputadas.
Pablo, Hernanes e Alexandre Pato, por exemplo, foram três vezes para o departamento médico e desfalcaram o Tricolor em jogos importantes. O primeiro perdeu 29 partidas por conta de lesões. Ao todo, 25 atletas tiveram algum tipo de problema médico.
Hernanes, Pablo e Pato: trio teve problemas médicos e desfalcou o São Paulo no ano passado — Foto: Marcelo Hazan
Internamente, diferentes fatores foram considerados como possíveis influências nas lesões dos jogadores.
Veja abaixo:
- Descuido de atletas: jogadores que estão com dores e não avisam o problema ou não detectam a real região na qual estão sentindo;
- Mudanças na comissão técnica: Fernando Diniz foi o quarto treinador do São Paulo em 2019. André Jardine, Vagner Mancini (interinamente) e Cuca dirigiram a equipe antes. Cada um deles tem uma comissão com metodologias de treinos, cargas de trabalho e processos diferentes. O preparador físico Carlinhos Neves, por exemplo, deixou o clube em junho, após ser contratado em dezembro de 2018.
- Jogadores que chegam de outros times: o São Paulo contratou 14 atletas para 2019, entre os quais sete de times estrangeiros. Pato e Hernanes, por exemplo, estavam na China, onde o calendário é mais ameno.
- Diagnóstico: o caso de Pablo ficou marcado, pois o atacante inicialmente sentia dores nas panturrilhas e depois foi descoberto um cisto na região lombar. O jogador foi submetido a uma cirurgia.
Em outubro, o São Paulo se movimentou em busca de respostas para a situação das recorrentes baixas. A questão era considerada complexa no São Paulo e incomodou, especialmente porque o time só disputou o Brasileirão desde o fim de maio, quando foi eliminado nas oitavas da Copa do Brasil.
Para não repetir 2019, o clube fez mudanças na comissão técnica. Em dezembro, quatro profissionais foram demitidos (Wellington Valquer e Henrique Martins, preparadores físicos, Altamiro Bottino, coordenador científico, e Marco Aurélio Melo, fisiologista).
Nessa reestruturação, o São Paulo contratou Luís Fernando de Barros, fisiologista do Santos há cerca de dez anos e que viajava com o time para os jogos. O profissional trabalhou, por exemplo, com a geração de Neymar – o hoje atacante do Paris Saint-Germain atuou no Santos de 2009 a 2013.
O elenco são-paulino se reapresenta na próxima quarta-feira com praticamente todos os jogadores recuperados de qualquer tipo de lesão. Everton, que terminou o ano com lesão parcial no ligamento cruzado posterior do joelho esquerdo, retorna e participará da pré-temporada com os demais companheiros.
O único ainda em recuperação é o atacante Joao Rojas. Ele não joga desde o dia 26 de outubro de 2018, quando sofreu ruptura nos ligamentos do tendão patelar do joelho direito em duelo contra o Vitória.
Departamento médico do São Paulo em 2019 — Foto: Infoesporte