GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O técnico Fernando Diniz não quer pensar na despedida de Antony ao fim do primeiro semestre. Embora já esteja acertado que o atacante se transferirá para o Ajax, da Holanda, em julho, o comandante tricolor o mantém como uma das peças-chave de sua equipe e, pelo menos por enquanto, não passam pela sua cabeça planos para substituí-lo.
“Que seja eterno enquanto dure. A gente vai aproveitá-lo o máximo possível, e ele está com a cabeça aqui. Não estou pensando no prazo de validade, estou pensando que ele está aí para nos ajudar. Está totalmente focado, tenho certeza que ele vai ajudar a gente até o último dia que estiver aqui no São Paulo”, afirmou o técnico Fernando Diniz.
Vendido em um negócio que também envolveu uma fatia dos direitos econômicos de David Neres, Antony tem o Campeonato Paulista como a única chance de se despedir do São Paulo no meio do ano com um título. Depois, o camisa 17 só atuará na fase de grupos da Libertadores, possivelmente nas oitavas de final da Copa do Brasil e nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.
‘Tenho uma entrada muito boa com o Antony. Quando cheguei aqui, eles estavam em um momento muito difícil. Já vinha de quatro ou cinco partidas no banco, estava sendo hostilizado pelo torcedor naquele momento, estava com a confiança um pouco em baixa. Criamos uma sintonia muito rápida, e ele foi um dos jogadores mais decisivos para que a gente conseguisse a vaga direta na Libertadores”, completou o técnico do São Paulo.
Restando pouco mais de três meses para o fim de sua trajetória no Tricolor, Antony segue focado no clube que o revelou, mas sua rotina, inegavelmente já está diferente e cada vez mais repleta de conselhos de companheiros e profissionais que já atuaram no futebol europeu.“O Antony é um grande talento, todo mundo sabe, ajudou o Brasil a se classificar para as Olimpíadas. Estava conversando com ele. É incrível como o São Paulo conseguiu ter ele aqui ainda mais seis meses, porque, quando eu fui para o Milan, o Inter tentou, mas o Milan disse: ‘Não, tem que vir para cá e treinar com o grupo’. Então, eu passei seis meses trabalhando”, lembrou Pato.
“Falei para ele tentar aprender cada vez mais rápido a língua, para que ele possa chegar lá e entrosar com o pessoal. Tenho certeza que ele vai trazer muita felicidade para a gente nesses seis meses, assim como para o Brasil e para o Ajax ele vai conseguir fazer coisas boas. Torço por ele, pois é um menino muito do bem, tem uma família sensacional e agora tem um filhinho, então desejo toda a sorte do mundo e que ele possa contribuir bastante nesses seis meses”, concluiu o camisa 7.