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Marcelo Hazan
Diretores e funcionários com salário vão escolher em abril entre permanecer no clube como profissionais ou retomar cadeira no Conselho Deliberativo; um deles antecipou saída.
Profissionais remunerados do São Paulo que também são conselheiros do clube terão de decidir em abril qual das duas opções vão escolher: permanecer com a cadeira no Conselho Deliberativo ou seguir no cargo. Hoje, seis profissionais do São Paulo se enquadram nessa situação .
Atualmente eles estão licenciados no Conselho Deliberativo para exercer a função remunerada, conforme artigo 57 do estatuto do clube. Mas isso não será mais permitido depois de abril, por conta de uma alteração estatutária aprovada em maio de 2019.
Na semana passada, o diretor jurídico Leonardo Serafim antecipou sua saída em comum acordo com o clube. A decisão tem aspecto político, pois ele pode tentar concorrer ao cargo de conselheiro vitalício, e pessoal, com projetos futuros ligado ao futebol.
Conselho Deliberativo do São Paulo no Morumbi — Foto: Marcos Ribolli
O São Paulo abre eleição para conselheiros vitalícios quando há dez vagas vazias. Neste momento existem nove. Caso mais um conselheiro morra ou um dos diretores remunerados que é conselheiro vitalício decida abrir mão da cadeira no Conselho, haverá eleição para escolher dez novos integrantes.
Ou seja, como é provável que ao menos um dos conselheiros vitalícios remunerados abra mão da sua cadeira, essas vagas deverão começar a ser preenchidas em abril.
Quatro dos seis profissionais remunerados são conselheiros vitalícios:
- Elias Barquete Albarello (diretor executivo financeiro): pretende seguir no cargo até dezembro e abriria mão da cadeira no Conselho;
- Eduardo Rebouças Monteiro (diretor executivo de infraestrutura): situação indefinida e não pretende decidir antes de abril, prazo final;
- Paulo Mutti (superintendente de gestão de contratos): situação indefinida. Seu cargo foi criado em 2018;
- Mauro Castro (gerente de estádio): situação indefinida. Mauro trabalhou no Pacaembu por mais de dez anos e está no São Paulo desde 2017.
Os outros dois (além de Leonardo Serafim, que saiu) são conselheiros eleitos:
- Márcio Carlomagno Araújo (assessor da presidência): situação indefinida e não deverá tomar decisão antes de abril;
- Rodrigo Gaspar (diretor executivo administrativo): situação indefinida e que depende de conversas futuras. Nos bastidores há quem aponte para uma tendência de saída.
Na prática, as atribuições de conselheiros vitalícios e eleitos são as mesmas. A vantagem dos vitalícios é não depender mais de futuras eleições, o que dá mais força na articulação política.
Os profissionais remunerados que decidirem permanecer na função não poderão disputar a eleição de conselheiros em novembro, um mês antes do pleito para eleger um novo presidente. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não poderá concorrer à reeleição.