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Juca Kfouri
Aos 45 anos de idade e há 11 como treinador, Fernando Diniz gosta do futebol bem jogado e não abre mão de suas convicções, no que faz bem.
Não é de hoje que se espera pela oportunidade de ele fazer um trabalho desde o começo da temporada e com bom elenco nas mãos. Exatamente como acontece neste ano com ele no São Paulo. Quando esteve no Fluminense, sem bom time, conseguiu fazer com que o Tricolor carioca jogasse bem, criasse inúmeras chances de gol, mas sem conseguir convertê-las. Agora, no Tricolor paulista a história se repete, com time muito melhor. Ontem, foi um escândalo.
Verdade que o São Paulo fez três gols legais e só um valeu, no empate 1 a 1 com os reservas do Novorizontino, e foi vítima de péssimo assoprador de apito.
Mas o São Paulo criou, pelo menos, outras enormes cinco possibilidades para marcar. O placar moral do jogo foi 5 a 1, mas, no real, repita-se, 1 a 1.
Culpa do treinador? Só se ele pudesse entrar em campo para fazer os tentos que seu time desperdiça. Mas Diniz é também psicólogo. E em jejum de títulos é exatamente do que o São Paulo precisa: de um bom divã e de um bom árbitro. Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 4 de fevereiro de 2020.