GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
De volta ao futebol brasileiro após 18 anos, Daniel Alves terá um grande desafio nesta quinta-feira. O camisa 10 do São Paulo entrará em campo a mais de 3.800m de altitude para enfrentar o Binacional, do Peru, e, como nunca disputou uma Copa Libertadores, o experiente lateral-direito conta com o auxílio de seus companheiros, mas não de Tchê Tchê.
Parceiro de Daniel Alves no meio-campo do São Paulo, o volante acredita que o camisa 10 não terá muitas dificuldades para se adaptar ao jogo muito acima do nível do mar e prefere não auxiliá-lo. Maior campeão da história do futebol, o ex-jogador do Barcelona, Juventus e Paris Saint-Germain terá uma experiência relativamente nova, embora já esteja no futebol há muitos anos e tenha disputado jogos nas mais variadas circunstâncias.
“Eu não tenho que falar nada para ele. Estou do lado dele, procurou absorver tudo o que é necessário, as coisas boas dentro do campo. A gente vem se entendendo ali, mas ele tem experiência suficiente, um cara com uma rodagem imensa, muitos títulos. Não tenho nada para falar para ele, não”, afirmou Tchê Tchê.
Nesta quinta-feira, contra o Binacional, em Juliaca, o São Paulo não terá Fernando Diniz no banco de reservas. O treinador tricolor terá de cumprir suspensão e será substituído pelo seu auxiliar técnico Márcio Araújo. Dentro de campo, Daniel Alves, como de costume, será o responsável por comandar a equipe do Morumbi.
“É verdade, o Daniel é um cara que procura orientar a todos. O Diniz também dá esse espaço para nós expressarmos o que achamos. O Daniel, como certeza, é um dos nossos líderes”, prosseguiu o volante são-paulino.
Confira este e outros vídeos em videos.gazetaesportiva.comSe Daniel Alves não tem muita experiência com altitude, Tchê Tchê já está mais acostumado. Depois de se destacar no Audax, o volante se transferiu para o Palmeiras e lá aprendeu a jogar muito acima do nível do mar. Em 2017, por exemplo, o Verdão enfrentou o Jorge Wilstermann, da Bolívia, e acabou levando a pior: 3 a 2.
“Tive a oportunidade [de jogar na altitude] em Cochabamba, mas foi diferente. Dei uma pesquisada, [Juliaca] é uma das cidades mais altas que tem. Vamos ver o que vai acontecer lá. Mas, temos duas alternativas: dar desculpas ou ser melhor que a altitude. Vamos com esse pensamento. Sabemos que vai ser um jogo difícil, temos que ter cautela nas ações dentro do campo, mas vamos manter nosso padrão para conquistar um grande resultado lá”, concluiu.