Muller no Bayern caminha para “time” que tem Ceni, Marcos, Totti e poucos

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Thomas Muller renova contrato com o Bayern de Munique até 2023; ele estreou na temporada 2008/2009 - Divulgação

Em tempos de altas cifras e janelas de transferências agitadas no futebol mundial é cada vez mais incomum que os jogadores permaneçam por muitas temporadas consecutivas nos mesmos times. Mais raro ainda é ver os chamados “jogadores de um time só”: quem vestiu a mesma camisa durante toda a carreira profissional. Este time seleto parece ganhar mais um membro: Thomas Muller, do Bayern de Munique.

Aos 30 anos, o atacante alemão renovou o contrato com sua equipe até 30 de junho de 2023. Foi no Bayern que Muller fez toda a categoria de base, estreou como profissional há 12 anos e desde então nunca saiu, nem por empréstimo: são 521 jogos, 195 gols, 146 assistências e 21 títulos, como Liga dos Campeões, Mundial de Clubes e oito edições do Campeonato Alemão. Pelo Bayern ele também chegou à seleção alemã, pela qual disputou três edições da Copa do Mundo – e venceu a de 2014, no Brasil.

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Poucos jogadores adquiriram o status de lendas do futebol como “one-club man”. Confira abaixo alguns nomes: Rogério Ceni Considerado por muitos como o maior ídolo da história do São Paulo, chegou ao clube em setembro de 1990 e estreou no time principal em 25 de junho de 1993. Ele assumiu a titularidade quatro anos depois, em 1997, e se aposentou em 2015 com mais de mil jogos (1237), mais de uma centena de gols (131) e 12 títulos, além de vários recordes mundiais.

Mauricio Lima/AFP

Marcos Na galeria dos maiores ídolos do Palmeiras, chegou ao clube para a base em 1992 e estreou profissionalmente no mesmo ano. Ele só voltou a atuar em 1996 e assumiu a titularidade em 1999, ano do inédito título da Copa Libertadores. Marcos encerrou a carreira em 2012, após 534 partidas e 11 títulos.

Ormuzd Alves/Folhapress

Totti Campeão do mundo pela seleção italiana em 2006, estreou pela Roma aos 16 anos, em março de 1993. Foram 24 temporadas como profissional até a aposentadoria repleta de homenagens em maio de 2017. Ficou marcado por recusar uma proposta do Real Madrid na época galáctica para permanecer na Roma.

Filippo Monyeforte/AFP

Maldini A história do zagueiro no Milan tem um ingrediente especial: seu pai, Césare, já havia sido jogador do clube nos anos 50 e 60. Paolo Maldini estreou profissionalmente aos 16 anos, em 1984, e pendurou as chuteiras pela mesma equipe em 2009, com quase mil jogos disputados e 26 títulos, entre eles cinco edições da Liga dos Campeões.

A camisa 3 é aposentada. Seu filho, Daniel Maldini, de 18 anos, já estreou como profissional.

Michael Steele/Getty Images

Nílton Santos A “Enciclopédia do Futebol” fez toda a carreira no Botafogo entre 1948 e 1964, quando parou de jogar. A única camisa diferente que vestiu foi a da seleção brasileira em quatro edições da Copa do Mundo – venceu duas, em 1958 e 1962. Ele dá nome ao estádio do Botafogo atualmente.

Arquivo Folha

Scholes Membro da “Classe de 92” do Manchester United que subiu para os profissionais nomes como Beckham, Giggs e Gary Neville, Scholes se tornou um dos maiores ídolos da história do clube, com 718 partidas e diversos títulos. É dono de um dos melhores chutes da história recente do futebol mundial. Giggs e Neville detêm a mesma marca de jogador de um time só.

Paul Ellis

Puyol Zagueiro espanhol aguentou três anos no time B do Barcelona antes de estrear na equipe principal em 2000, aos 22 anos. Rapidamente conquistou a torcida pelo estilo de jogo aguerrido e fez toda a carreira no clube até a aposentadoria precoce, em 2014. Foram 21 títulos em quase 600 partidas pelo clube grená.

David Ramos/Getty Images

Messi Argentinou chegou ao Barcelona para as categorias de base e estreou como profissional em novembro de 2003. Desde então, um dos maiores jogadores da história do futebol empilha recordes em Bolas de Ouro, gols no Campeonato Espanhol e títulos como estrangeiro, além de ser o maior artilheiro da história da seleção argentina. Aos 32 anos, soma 34 títulos e tem contrato até o ano que vem.

LLUIS GENE / AFP

Leandro Considerado o “maior camisa 2 da história” pelos torcedores do Flamengo, o lateral foi campeão da Copa Libertadores, Mundial e dos Brasileiros de 1980, 82, 83 e 87. Leandro defendeu o time da Gávea entre 1978 e 1990, dedicando toda a sua carreira ao Flamengo. O “Peixe Frito”, como era conhecido, fez 415 partidas pelo Rubro-Negro, com 238 vitórias, 99 empates e 78 derrotas. Marcou 14 gols.

Leo Burlá/UOL

Pepe Nascido em Santos em 1935, ano em que o Santos conquistou seu primeiro título do Campeonato Paulista, o “Canhão da Vila” chegou ao clube em 1951 e estreou como profissional depois de três anos. Ele parou em 1969, com 741 partidas e 405 gols marcados – é o segundo maior artilheiro da história do clube, mas se diz o primeiro porque “Pelé é ET”. Foram 21 títulos no Peixe, além de duas Copas do Mundo pela seleção.

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress

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