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José Eduardo Martins
A pausa nas competições por causa da pandemia do coronavírus prejudica bastante as finanças do São Paulo. Obviamente, o clube não vai receber com a renda das partidas e também não sabe como ficará a situação referente aos direitos de transmissão (se terá de pagar adiantamentos ou se vai deixar de receber algo). Mas tal situação também afeta outros pontos da economia tricolor. O clube tem contrato com o Banco Inter, seu patrocinador máster, até o fim de abril. As conversas para renovação chegaram a ficar avançadas no fim do ano passado, mas agora estão paradas.
O São Paulo também tinha acertado acordo com a DAZN para que Daniel Alves fosse uma espécie de embaixador da empresa no país. Dessa maneira, o clube receberia 1 milhão de dólares (R$ 5,26 milhões) que serviriam para pagar parte dos direitos de imagem do camisa 10. A diretoria tricolor considerava a transação praticamente fechada, sendo que o documento era analisado no exterior. Assim como no caso do Banco Inter, as conversas não seguiram o ritmo acelerado.
Até mesmo para receber pagamentos referentes a transferência de jogadores ficou mais complicado. O time havia acertado, por exemplo, a venda da opção de compra do atacante Gustavo Maia, que disputou a última Copinha, para o Barcelona por R$ 5 milhões. As pendências burocráticas ficaram mais lentas e o clube espanhol não fez o pagamento na data inicialmente acordada.
O clube faz cálculos de quanto pode ter de prejuízo neste período de paralisação das competições. Para tentar minimizar o prejuízo, o São Paulo chegou a negociar uma redução salarial com os atletas de até 50% nos próximos meses (com o pagamento de dois meses de direitos de imagem atrasados). Os atletas, porém, recusaram e agora vão ter férias de 20 dias.
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