São Paulo deve adotar decisão unilateral para a redução de salários do time

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Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, abraça Daniel Alves em treino do São Paulo - Rubens Chiri/saopaulofc.net
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, abraça Daniel Alves em treino do São Paulo Imagem: Rubens Chiri/saopaulofc.net

José Eduardo Martins e Ricardo Perrone – Do UOL, em São Paulo

O São Paulo estuda maneiras para minimizar os efeitos da crise financeira causada pela paralisação das competições em decorrência da pandemia do coronavírus. Dentro de pacotes de possíveis medidas, o clube apresentou um plano de redução salarial para os jogadores de 50%, com teto de até R$ 50 mil — quem receber menos não teria esse corte. A oferta foi recusada pelos atletas. Mesmo assim, o Tricolor paulista, segundo apurou o UOL Esporte, está disposto a colocá-la em prática.

Dirigentes discutem internamente qual seria o melhor caminho para seguir. A linha defendida pela maior parte dos diretores é a de impor o desejo do clube, como fez o Atlético-MG. No caso, a equipe de Belo Horizonte diminuiu os rendimentos dos atletas em até 25% sem que fossem ouvidos para ajustar a situação.

Já na situação do Tricolor, os jogadores preferiram entrar em férias de 20 dias para depois decidir qual caminho seguir. Assim, eles teriam um cenário mais bem definido de quando as competições devem ser retomadas.

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Um questionamento feito pelos atletas é a existência de débitos em aberto. O Tricolor deve, na maior parte dos casos, dois meses de direitos de imagem. O clube queria arcar com essas dívidas, mas não pagar em dia os direitos nos próximos três meses.

Vale destacar que o São Paulo já enfrentava uma crise financeira muito antes da pandemia. O clube fechou a temporada 2019 com um déficit de R$ 156 milhões em seu balanço.

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