José Eduardo Martins – Do UOL, em São Paulo
Há cinco anos, sem muito alarde, Rogério Ceni vestiu pela última vez a camisa do São Paulo em uma partida de Copa Libertadores. Pelas oitavas de final do torneio continental, em 13 de maio de 2015, no Mineirão, o Tricolor paulista fora eliminado nos pênaltis pelo Cruzeiro, após derrota no tempo normal por 1 a 0 e nas cobranças por 4 a 3. De lá para cá, muita coisa mudou no clube do Morumbi.
Na ocasião, o time era treinado pelo Milton Cruz, que foi auxiliar e atuou como interino diversas vezes. O time começara a temporada embalado por causa do vice-campeonato do Brasileiro de 2014. A baixa de rendimento, porém, teve ligação com a saída de Muricy Ramalho. Por problemas de saúde, o técnico deixou o cargo, em abril, em comum acordo com a diretoria.
Da equipe titular, apenas Reinaldo e Alexandre Pato ainda estão no atual elenco (vale destacar que os dois passaram por outros clubes até retornarem ao São Paulo). A equipe ainda contava com jogadores renomados, como Michel Bastos e Paulo Henrique Ganso.
Na parte política, os bastidores do Tricolor fervilhavam. Em outubro de 2015, o então presidente Carlos Miguel Aidar renunciou ao cargo depois de suspeitas de envolvimento em casos de corrupção.
No meio de tudo isso, Ceni já tinha deixado claro que não iria permanecer no clube por muito tempo. Após a derrota para o Cruzeiro, por exemplo, ele declarou que era a sua despedida do torneio continental.
“Ajudei meus companheiros e eles me ajudaram muito ao longo da Libertadores. Isso é um time. Todos ganham e perdem. Com certeza [é o adeus em Libertadores]”, afirmou o arqueiro, na época.
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