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Vendas de zagueiros revelados na base foram principais fontes de renda; veja lista.
O São Paulo faturou R$ 97 milhões com negociações de jogadores em 2019, de acordo com o balanço financeiro divulgado pelo clube na semana passada. O valor, no entanto, não foi o suficiente para atingir a meta estipulada de R$ 121,4 milhões.
As duas movimentações que mais geraram receitas para o Tricolor foram as vendas de dois zagueiros revelados nas categorias de base: Rodrigo Caio e Morato.
Morato saiu do São Paulo para o Benfica — Foto: Divulgação/Benfica
O primeiro foi negociado com o Flamengo no final de 2018 por R$ 25,5 milhões, mas os valores entraram no caixa do São Paulo apenas em 2019. Por conta de uma intermediação, foram descontados R$ 838 mil deste valor, totalizando R$ 24,7 milhões para os cofres são-paulinos.
Já Morato, que sequer atuou pelo time profissional, foi vendido ao Benfica, de Portugal, e rendeu R$ 24,5 milhões ao São Paulo. Em valores absolutos, sem as intermediações, a sua venda atingiu quase R$ 27 milhões, se tornando a mais cara de um zagueiro na história do São Paulo.
Veja abaixo os valores líquidos de cada negociação:
Negociações do São Paulo em 2019
Jogador | Finalidade | Clube negociado | Valor líquido |
Rodrigo Caio | Venda dos direitos | Flamengo | R$ 24,7 milhões |
Morato | Vendo dos direitos | Benfica | R$ 24,5 milhões |
Militão | Direitos econômicos e mecanismo de solidariedade | Porto | R$ 21,7 milhões |
Lucas Fernandes | Venda dos direitos | Portimonense | R$ 8,6 milhões |
Tuta | Venda dos direitos | Eintracht Frankfurt | R$ 5,9 milhões |
David Neres | Performance atingida | Ajax | R$ 2,2 milhões |
Thago Mendes | Performance atingida | Lille | R$ 1,7 milhão |
Maicon | Performance atingida | Galatasaray | R$ 1,6 milhão |
Miguel Alcântara | Venda dos direitos | Ascoli | R$ 908 mil |
Morato (atacante) | Direitos econômicos | Ituano | R$ 160 mil |
Willian Farias | Venda dos direitos | Sport | R$ 100 mil |
Empréstimos diversos | Empréstimos | Não especificados | R$ 4,3 milhões |
Mecanismos de solidariedade | Diversos | Não especificados | R$ 432 mil |
O valor apresentado pelo São Paulo também levou em consideração algumas metas atingidas por atletas que foram vendidos em outros anos, como nos casos de Thiago Mendes e David Neres, por exemplo. Quando negociados, os jogadores tinham cláusulas de performance.
No caso de Thiago Mendes funcionava da seguinte maneira: se o volante atingisse um determinado número de jogos e o Lille, da França, garantisse um lugar na Liga Europa ou na Liga dos Campeões, o Tricolor receberia cerca de R$ 2,2 milhões. Como teve de pagar uma quantia a terceiros, o clube ficou com R$ 1,7 milhão.
Já com David Neres o acordo era que em 2019 o Ajax precisaria chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa com um determinado número de jogos disputados pelo atacante. Ele cumpriu a meta, e o São Paulo faturou mais R$ 2,2 milhões.
Veja abaixo trecho do documento detalhado pelo São Paulo em seu balanço financeiro. O clube informa que deixou de receber R$ 7,7 milhões por conta de intermediações de terceiros, como empresas e agentes que participam das negociações e recebem determinada quantia.
Receitas com negociações de atletas do São Paulo — Foto: Reprodução
A meta de venda do São Paulo para 2020 é ainda mais ousada. O clube estipulou em orçamento aprovado no final do ano passado a arrecadação de cerca de R$ 154 milhões, sendo 75% do valor recebido à vista.
No início de fevereiro, o Tricolor vendeu 20% de direitos econômicos que ainda detinha de David Neres por cerca de R$ 32 milhões ao Ajax, mais R$ 74 milhões pela venda de Antony, também ao clube holandês. Apenas com essas duas movimentações o clube arrecadou R$ 106 milhões.
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