GloboEsporte
Marcelo Hazan
Conselheiro do Tricolor deixa coordenação das seleções femininas após cinco anos, em meio à articulação política. Ele e Roberto Natel são potenciais adversários de Julio Casares.
Marco Aurélio Cunha está fora da CBF. Pré-candidato à presidência do São Paulo na eleição de dezembro, ele decidiu deixar o cargo de coordenador de seleções femininas da entidade após cinco anos na função. O conselheiro do Tricolor optou por sair agora para evitar problemas futuros.
Definir o futuro na CBF era um dos passos para Marco Aurélio confirmar a candidatura na disputa presidencial do São Paulo. Agora resta viabilizar a chapa e disputar uma convenção de nomes da oposição, ainda com data indefinida para ocorrer por causa da pandemia de Covid-19.
Além de Marco Aurélio, o vice-presidente Roberto Natel é outro nome cotado para enfrentar Julio Casares, candidato de uma coalização de grupos de conselheiros de situação e centrão. O candidato a presidente do Conselho na chapa de Casares é Olten Ayres de Abreu Junior.
Marco Aurélio Cunha quer ser candidato a presidente na eleição do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / site oficial do São Paulo FC
Nos últimos meses, Marco Aurélio e outros apoiadores tem articulado a força do seu nome entre os conselheiros. José Carlos Ferreira Alves seria seu candidato a presidência do Conselho Deliberativo. No começo de maio ele afirmou que MAC seria “um excelente presidente”. José Roberto Opice Blum e Homero Bellintani são opções menos cotadas para a candidatura ao Conselho nesta chapa.
Ex-diretor de futebol e conselheiro vitalício do São Paulo, MAC estuda essa possibilidade há algum tempo e quer ser candidato, mas vem avaliando suas possibilidades para entrar de vez na disputa ou não.
Hoje o Conselho Deliberativo do São Paulo tem 240 cadeiras, mas o número aumentará para 260 depois da eleição de novembro, quando o quadro será renovado. No total serão 100 conselheiros eleitos e 160 conselheiros vitalícios. Eles serão os responsáveis por eleger um novo presidente.
Recentemente, houve abertura de mais dez vagas para eleição de vitalícios, mas o processo está suspenso por causa da pandemia do coronavírus.
Quem é quem na disputa política
Marco Aurélio Cunha ao lado de Leco e Wellington Nem, no CT do São Paulo, em 2016 — Foto: Reprodução/Twitter
MAC
Marco Aurélio Cunha apoiou Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na última eleição para presidente. Ele foi diretor de futebol do clube na gestão em 2016 e saiu no fim daquele ano, quando retomou o cargo na CBF. Agora, Marco Aurélio figura como potencial adversário de Julio Casares.
Aliado de Marco Aurélio Cunha, José Carlos Ferreira Alves tem o cargo de diretor adjunto de futebol na gestão Leco, mas praticamente não frequentava o CT da Barra Funda no dia a dia antes da paralisação pela pandemia. Ele é desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Julio Casares
Julio Casares é candidato a presidente do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Apoiado pela base política de Leco, Casares não é o nome preferido do atual presidente, que não poderá concorrer à reeleição, mas reúne diferentes forças do Conselho. José Eduardo Mesquita Pimenta, por exemplo, foi o candidato da oposição na última eleição e perdeu para Leco. Agora, ele e o atual presidente estão unidos no grupo que terá Casares como representante.
A coalização por trás de Casares acredita ter o apoio de 130 a 140 conselheiros de oito grupos diferentes. Ele é conselheiro vitalício do São Paulo e foi diretor de marketing do clube.
Roberto Natel
Roberto Natel, vice-presidente do São Paulo, é potencial candidato a presidente na eleição de dezembro — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Atual vice-presidente e potencial candidato da oposição, Roberto Natel está rachado com Leco há anos. É outro nome cotado para disputar o pleito. Em maio ele contestou a publicação da ata de uma reunião do Conselho de Administração no site oficial do clube que não tinha seu voto contrário a aprovação das contas do clube. Posteriormente, isso foi registrado.
Natel foi pivô do “caso hacker”, no qual uma perícia interna do clube apontou para ele como suposto responsável por vazar documentos internos. O vice-presidente nega os vazamentos. O caso é investigado na polícia.
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