UOL/LancePress
O zagueiro Lucão, hoje no Goiás, divulgou uma nota oficial na noite desta quarta-feira sobre a ação trabalhista que move contra o São Paulo. No processo, noticiado pelo Lance!, o jogador cobra mais de R$ 5 milhões, sendo R$ 1 milhão como indenização por danos morais. No texto, Lucão se diz grato à instituição e salienta que não quer ser indenizado por danos morais devido a humilhações causadas por torcedores. Segundo ele, havia uma perseguição por parte da diretoria, especificamente o presidente Leco.
“Depois de um certo tempo na equipe principal, sofri perseguições que vinham diretamente da presidência, a partir do momento em que não aceitei algumas negociações. Nunca tive problemas com treinadores e companheiros de equipe. Fui obrigado a treinar separado por algum tempo. Fiquei sem receber durante oito meses, e fui obrigado a reduzir mais da metade do meu salário, quando emprestado, para que aceitassem a proposta de empréstimo ao futebol português”, diz o atleta.
Lucão realmente ficou oito meses sem receber salários do São Paulo, entre julho de 2018 e fevereiro de 2019, tempo em que ele se recuperava de uma lesão no joelho esquerdo sofrida durante o empréstimo ao Estoril (POR). Por contrato, o clube português seria o responsável pelo tratamento e pelos vencimentos do atleta em caso de lesão, mas ele preferiu retornar ao Brasil para ser atendido por médicos do Tricolor e acabou fazendo uma cirurgia que inicialmente não estava nos planos. A recuperação, que demoraria dois meses, acabou durando muito mais. O Estoril arcou apenas com dois meses de salários neste período.
“Quero apenas o que é meu de direito, e isso tentei resolver por inúmeras vezes, sem sucesso, e fui aconselhado pela própria diretoria, de forma sarcástica a buscar meus direitos na justiça trabalhista, e assim estou fazendo”, finaliza Lucão. A relação entre Lucão e São Paulo se desgastou, sobretudo, após ele dizer que “já, já iria embora do clube” em entrevista depois de falhar na derrota por 2 a 1 pelo Atlético-MG, pelo Brasileirão de 2017. O jogador foi multado em 20% dos salários pela declaração e não atuou mais pelo Tricolor.
Veja o texto divulgado pela assessoria do atleta: “Venho por meio desta nota oficial esclarecer alguns pontos das notícias envolvendo meu nome. Eu tenho grande admiração e gratidão pela Instituição São Paulo Futebol Clube. Cheguei em Cotia ainda com 12 anos e deixei o clube com 23 anos. Mais de uma década de dedicação ao clube, com vitórias, títulos, derrotas, partidas boas e ruins, afinal, fazem parte do jogo.
Depois de um certo tempo na equipe principal, sofri perseguições que vinham diretamente da presidência, a partir do momento em que não aceitei algumas negociações. Nunca tive problemas com treinadores e companheiros de equipe. Fui obrigado a treinar separado por algum tempo. Fiquei sem receber durante oito meses, e fui obrigado a reduzir mais da metade do meu salário, quando emprestado, para que aceitassem a proposta de empréstimo ao futebol português.
Tenho muito respeito pelo torcedor, e esclareço que de forma alguma estou pedindo danos morais por conta de humilhação de torcedores, como deixaram a entender alguns veículos de comunicação, afinal, todos os torcedores têm direito de se expressarem das arquibancadas de forma positiva (aplaudindo) ou negativa (vaiando). Sempre tive um enorme carinho e respeito por todos os funcionários do clube, em especial ao departamento médico e fisioterapêutico, que fizeram um excelente trabalho na minha recuperação do joelho, e pela Instituição que me deu a oportunidade de me tornar jogador profissional e servir todas as categorias de base da Seleção Brasileira.
Contudo, quero apenas o que é meu de direito, e isso tentei resolver por inúmeras vezes, sem sucesso, e fui aconselhado pela própria diretoria, de forma sarcástica a buscar meus direitos na justiça trabalhista, e assim estou fazendo.”
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Esse estorvo, além de ser péssimo jogador, ruim mesmo de bola, ainda por cima processa o clube, como se não bastassem os prejuízos causados ao SP quando ele era jogador do clube