Após deixar cargo na CBF, ex-dirigente do São Paulo é um dos três pré-candidatos da oposição e pode enfrentar Julio Casares na eleição de dezembro
Marco Aurélio Cunha ainda não é candidato à presidência do São Paulo, embora já tenha alguns planos em mente para o caso de ser eleito em dezembro. Ele é um dos três pré-candidatos da oposição, ao lado do vice-presidente Roberto Natel (rachado com Leco) e Sylvio de Barros.
– Tivemos uma reunião presencial (na quinta-feira), foi muito importante, com unidade, respeito mútuo. Estamos discutindo o candidato. Poderá ser eu, o Roberto especialmente ou até o Sylvio de Barros. Estamos conversando em alto nível para escolher da melhor forma, estamos avaliando neste mês, vamos reunir todos aqueles que nos apoiam, que são muitos. Acho melhor dizer que são muitos do que contar números vantajosos que não são realidade, e a partir daí fazer a apresentação da chapa e do programa. Claro que o programa já existe a primeira linha é fazer a reconstrução financeira do São Paulo – disse o ex-dirigente do Tricolor em entrevista ao jornalista Jorge Nicola.
Antes de confirmar sua candidatura, Marco avisa que jamais prometerá ao torcedor que levará Rogério Ceni e Muricy Ramalho de volta para o São Paulo.
– Qualquer candidato que se apoie em atleta e ex-atleta para sua gestão não está fazendo o certo, está desvirtuando o processo. Não posso ficar refém de uma indicação do Muricy, do Rogério, de ficar com o Raí ou com o Lugano (na diretoria). A gestão é absolutamente isenta de paixão. Jamais pediria a Muricy ou a Rogério que me apoiassem, jamais prometeria a qualquer um deles qualquer posição. Isso seria chantagem, aproveitar-se da fama que eles têm com os torcedores em benefício próprio. Jamais vou me esquecer deles como protagonistas, mas tudo a seu tempo. Jamais os convocaria, os colocaria na pauta por uma questão eleitoral, isso é absolutamente injusto e na minha opinião não é decente.
Por enquanto, o único candidato confirmado para a eleição de dezembro é Julio Casares, que diz ter o apoio de até nove grupos políticos do Tricolor, formando uma chapa de coalizão. Marco Aurélio o define como candidato de situação.
– Quer ficar igual? Tem lá a situação. Quer mudança? Tem a gente de oposição. As pessoas não querem se definir como situação, o que é um pouco de covardia. Eu votei no Leco, lamento que a gestão tenha sido infeliz, mas não quer dizer que vá ofendê-lo e tratá-lo mal, porque eu não faria isso com nenhuma pessoa.
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