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Nesta quarta-feira, Marco Aurélio Cunha confirmou que a saída do cargo de coordenador das seleções femininas da CBF está ligada ao desejo de se candidatar à presidência do São Paulo. Em entrevista à Fox Sports, ele afirmou que se ofereceu aos grupos de conselheiros da oposição para a disputa das eleições em dezembro, mas reiterou que ainda precisa convencê-los de ser o nome ideal.
“Nós estamos construindo isso. Todos têm direito a pleitear a eventual candidatura. O Roberto (Natel, vice-presidente rachado com Leco), eu, o Sylvio de Barros, o Jaime Franco e outros que vocês talvez não conheçam. Estou apenas oferecendo meu nome a uma candidatura de oposição. Deixo a CBF mesmo sem essa garantia”, declarou Marco Aurélio.
“Se entendermos que determinado nome é o mais forte, é o que melhor possa representar este grupo para, no embate com a situação, melhorar o São Paulo, já será o suficiente para mim. Não é a vaidade que vai me levar a ser candidato, é a tentativa de oferecer uma coisa que eu acho que o São Paulo está precisando, uma mudança de rumos para melhor. Poderá ser por minha candidatura ou outra, mas obviamente estou tentando formalizá-la”, acrescentou.
Marco Aurélio Cunha ainda explicou que o desligamento da CBF se deu por uma “questão ética”. Ele ocupou a coordenação das seleções femininas por cinco anos e conquistou a Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, o Torneio Internacional de Natal 2015, o Torneio Internacional de Manaus 2016, a Copa CFA da China 2017 e a Copa América do Chile 2018.
“Eu tinha que me desligar por questão ética da CBF. Não poderia deixar que amanhã alguém pudesse dizer que estou atrapalhando a vida política da CBF ou que estou usando o cargo para ter benefício na eleição. Quando fui convidado para a CBF, deixei de ser vereador. Foram cinco anos de futebol feminino que se traduziram em benefícios para a modalidade em várias questões. Reconhecimento, igualdade de tratamento, treinar na Granja Comary, ter comissões de alto nível, Brasileiro bem organizado, que começa a ter até TV aberta… Entendo que chegou o momento de abrir espaço para que outra pessoa venha e para que eu possa ter planos diferentes”, disse.Cunha foi dirigente do São Paulo na última fase vitoriosa do clube, marcada pelos títulos da Libertadores, do Mundial, do Paulistão e do tricampeonato brasileiro. Em 2016, ele retornou por um período de três meses para ajudar o Tricolor na disputa contra o rebaixamento. Agora, deve ser concorrente de Roberto Natel e Julio Casares nas eleições presidenciais.
“É uma nova oportunidade que o São Paulo tem de mudar. Se quiser mudar, é com a gente. Se quiser continuar igual, é com quem está lá”, completou.
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