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José Eduardo Martins
No início da quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus, os líderes do elenco do São Paulo se colocaram ao lado do clube no processo de redução salarial. Na ocasião, a diretoria apresentou a proposta de diminuição de 50% dos vencimentos em carteira, com o pagamento posterior dos valores atrasados. Ainda assim, a oferta foi recusada e o corte aplicado de maneira unilateral. Agora, a maior parte destes jogadores considerados mais influentes no plantel também está contra a postura do Tricolor paulista.
Segundo relatos destes atletas, houve quem recebesse apenas 20% do proposto em carteira. Além do corte maior do que o esperado, o fato de a diretoria não ter atualizado a posição para os jogadores também deixou esses atletas contrariados.
É importante ressaltar que ainda há jogador que defenda a posição do clube, por entender as dificuldades financeiras enfrentadas pelo São Paulo mesmo antes da pandemia. O clube fechou 2019 com déficit de R$ 156 milhões. Por isso, havia a recomendação expressa do Conselho de Administração para que a receita do departamento de futebol fosse reduzida em 2020. Nas últimas semanas, o órgão cobrou rigidez dos responsáveis pelas finanças e pela equipe profissional — não chegou a ser descartada até a hipótese de redução de salários até o fim deste ano.
A rotina de treinos vai ser retomada pelo clube a partir do dia 1º de julho, quando há liberação do estado para os clubes. Daniel Alves ainda não se apresentou ao clube na última semana. O jogador combinou com a diretoria e a comissão técnica que só iria se apresentar nesta quarta. Nos próximos dias, os dirigentes devem aproveitar que as atividades serão realizadas no CT da Barra Funda para discutir com a situação com os atletas. Os funcionários do clube também tiveram os seus vencimentos reduzidos, sem a promessa de compensação futura.
Agora, a tendência é de tentar equiparar a situação do time profissional e mostrar qual é a projeção de receitas a serem recebidas pelo São Paulo nos próximos meses.
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