Tchê Tchê, do São Paulo, vai a manifestação contra o racismo na capital paulista

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GloboEsporte

Jogador do Tricolor tem se posicionado após caso George Floyd nos EUA.

O volante Tchê Tchê, do São Paulo, compareceu a uma manifestação contra o racismo na capital paulista neste domingo. Durante a semana, o jogador se posicionou sobre o tema em suas redes sociais.

Na foto postada neste domingo, o jogador aparece ao lado da esposa, que utiliza uma máscara com os dizeres “Clube do antirracismo e antifascismo” (na tradução para o português). Veja na imagem abaixo:

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Tchê Tchê, do São Paulo, vai à manifestação contra o racismo — Foto: Reprodução

Tchê Tchê, do São Paulo, vai à manifestação contra o racismo — Foto: Reprodução

Em reportagem ao Esporte Espetacular deste domingo, Tchê Tchê bateu um papo com o ator Lázaro Ramos e contou como enfrenta o racismo no Brasil. (Assista à reportagem na íntegra no vídeo acima)

– Vim de uma origem muito humilde. Sei o que é ser negro, o que é entrar no shopping e as pessoas olharem tipo: “O que ele está fazendo aqui?” Muitas vezes o direito de sonhar nos é tirado. Porque quando a gente é criança, a gente planeja, tem vários sonhos, mas, ao meu ver, o que é vendido é que não temos essa condição.

Engajado nas causas sociais, o volante tem duas tatuagens de símbolos históricos que lutaram contra o racismo. Em uma perna, Tchê Tchê tem uma imagem de Malcolm X. Na outra, o rosto de Martin Luther King.

– Hoje, temos o privilégio de ser uma voz no nosso país e ser alguém em quem as pessoas se espelham. Essas tatuagens eu fiz quando estava na Ucrânia. Se não me engano, depois de alguma situação que acabei sofrendo lá

Tchê Tchê e as tatuagens de Malcom X e Martin Luther King — Foto: Reprodução / TV Globo

Tchê Tchê e as tatuagens de Malcom X e Martin Luther King — Foto: Reprodução / TV Globo

No final de março, o volante do São Paulo deu uma declaração à SPFCtv sobre o tema quando perguntado sobre seus sonhos:

– Que não houvesse pobreza e nem racismo. Que todos fossem tratados iguais.

Assim como diversos jogadores ao redor do mundo, Tchê Tchê já foi vítima de racismo. Em 2016, quando ainda defendia o Palmeiras, ele foi chamado de “macaco” por um torcedor do Athletico-PR.

Na ocasião, o jogador não tomou nenhuma medida contra o agressor e minimizou o fato em entrevista coletiva.

Entenda a manifestação

George Floyd, que sofria de doença arterial coronariana e doença cardíaca hipertensiva, morreu asfixiado por um policial na cidade de Minneapolis, no estado americano de Minnesota. O oficial ficou durante 8 minutos e 46 segundos pressionando o pescoço do homem negro de 40 anos com o joelho. Foram divulgadas imagens da brutalidade e, posteriormente, o policial acabou preso.

A comunidade americana julga o ato como discriminação racial. Desde o início da semana, protestos vêm ganhando força na cidade de Minneapolis. No esporte, grandes referências mundiais também se manifestaram. LeBron James, um dos líderes na causa, chegou a vestir uma camisa com a frase “não consigo respirar”.

No Brasil, o Movimento de Favelas do Rio de Janeiro realizou um ato no último domingo. Recentemente, em São Gonçalo, região metropolitana, o adolescente João Pedro, de 14 anos, foi assassinado durante uma operação policial.