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Emerson Sheik é um dos grandes ídolos do Corinthians e autor de um dos gols mais importantes da história do clube, se não o mais importante. Agora aposentado, restou ao polêmico ex-jogador suas histórias do tempo em que infernizava as defesas adversárias e, para quem não sabe, sua trajetória começou ironicamente no rival do Timão, o São Paulo.
E os primeiros passos de Sheik no futebol foram bastante controversos. Sem oportunidades nos grandes clubes do futebol brasileiro e já com 18 anos, ele decidiu falsificar sua identidade, conseguindo uma nova certidão de nascimento em que dizia que era três anos mais novo que sua verdadeira idade.
De Márcio Passos de Albuquerque ele passou a se chamar Márcio Emerson Passos e, ao participar de um teste no São Paulo com garotos teoricamente da sua idade, se destacou facilmente. Daí em diante, todos nós sabemos o fim da história: Oriente Médio, Flamengo, Fluminense e glórias e mais glórias no Corinthians.
“Eu zoei muito o São Paulo [quando era jogador do Corinthians]. Fiz todas as brincadeiras possíveis, porque acredito que o futebol perdeu essa magia. Tirando o gol, momento mágico da partida, as pessoas deixaram de brincar. Hoje, atletas, comissão técnica e até diretoria são punidos. Compartilho das brincadeiras porque cresci vendo Romário, Edmundo, Renato Gaúcho brincarem. Vivo isso como torcedor”, disse Emerson Sheik em uma entrevista à TV Bandeirantes.
Apesar de todas as brincadeiras e piadas envolvendo o São Paulo, o ex-atacante corintiano não esconde sua gratidão pelo clube do Morumbi.
“Foi o São Paulo que abriu as portas para o meu sonho de ser jogador. Ali eu fiz toda a minha base, ali cresci como ser-humano e pessoa, ali aprendi a ser gente. Ei vim de uma favela, não sabia nem comer frango com garfo e faca, porque em casa a gente pegava com a mão. Foi ali que eu comecei. Já não sou mais atleta, não tenho mais que zoar o São Paulo. Fazia isso porque era uma brincadeira minha, gostava de fazer isso. E o São Paulo faz, sim, parte da minha história”, esclareceu.
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