De clubes e jogadores, Volpi vê coerência como chave em negociação salarial

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GazetaEsportiva

A paralisação no futebol causada pela pandemia do coronavírus trouxe grandes problemas aos clubes de futebol na parte financeira. Sem receitas, as equipes se viram obrigadas a negociar uma redução salarial dos funcionários enquanto a bola não voltar a rolar. No São Paulo, esse assunto causou muita polêmica.

A diretoria colocou uma redução de 50% nos vencimentos dos atletas, um valor acima do que a maioria dos times da elite do futebol brasileiro. Cauteloso, o goleiro Tiago Volpi abordou o assunto com tranquilidade nesta segunda-feira, colocando a necessidade de todos os lados se esforçarem por um bom acordo.

“É um processo natural, pelo que estamos vivendo, não tem como exigir que seu clube te pague o mesmo que recebia antes. Se não tivermos a coerência de entender a situação, como ser humano deixaremos a desejar”, comentou o goleiro, em entrevista ao Bem Amigos, do Sportv.

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O São Paulo passa por uma delicada situação financeira, desde o ano passado, com sucessivos déficits em suas contas. Volpi reconhece que a diretoria tem conversado com os atletas, apresentando a realidade. “A diretoria tem conversado sobre o que fazer, é uma situação que se prolongou mais do que o previsto. A gente está acatando da maneira que podemos ajudar. O clube nos entende, alguns jogadores têm situação confortável, mas outros meninos da base que compraram uma casa, ajudam pai e mãe, além de funcionários, a situação é pior, então estamos aptos a negociar. É algo novo, é inédito, precisamos lembrar que somos seres humanos”, disse.

Volpi também ressalta que os atletas não podem ser os únicos prejudicados durante a pandemia. “O clube não pode querer usar essa situação em beneficio próprio para corrigir erros do passado. No São Paulo está tranquilo”, encerrou.

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