UOL
Fernando Diniz mostrou insatisfação com o momento do São Paulo. Hoje (29), em pleno Morumbi, o Tricolor foi derrotado pelo Mirassol por 3 a 2 e acabou sendo eliminado do Campeonato Paulista. Em entrevista coletiva, o treinador fez questão de pedir desculpas ao torcedor e mostrou preocupação não só com o sistema defensivo.
“A defesa preocupa pelos gols que o time tomou. Agora, nos dois jogos em que a gente sofreu três gols, foram sete bolas no gol, e a gente tomou esses gols. Além disso, tem outras coisas para ver, no jogo do Guarani a gente teve muito mais bolas no nosso gol e a gente só sofreu um gol. E a gente fez três e poderia ter feito mais. Então, preocupa, mas tem algo mais do que isso. Preocupa o sistema defensivo, preocupa o ataque… Nesse momento tudo preocupa. A gente tem de trabalhar e saber responder isso”, disse Diniz.
“A gente tem de saber aceitar e suportar aquilo que vem, e quando o São Paulo for jogar de novo, tem de responder de uma maneira positiva dentro do campo. Não tem outra coisa para fazer neste momento, é pedir desculpas ao torcedor e seguir”, completou o treinador. Segundo apurou o UOL Esporte, a diretoria do clube não cogita trocar a comissão técnica neste momento. Fernando Diniz deve iniciar a preparação da equipe para o Campeonato Brasileiro a partir de amanhã, no CT da Barra Funda. A ideia é retomar a performance apresentada pela equipe antes da paralisação das competições por causa da pandemia do novo coronavírus, em março.
“A gente voltou como um time mais fácil de ser marcado. Isso é uma coisa que a gente vai ter de trabalhar incessantemente. Durante a pré-temporada, a gente tentou dar uma carga física e técnica para os jogadores, e faltou, de fato, um pouco mais de tática. Mas esse não foi o maior problema. A gente jogou com uma apatia que não podia ter tanto contra o Bragantino quanto contra o Mirassol.” Confira o restante da coletiva de Diniz.
Momento tricolor Não é uma coisa fácil de se explicar, a gente parou de uma forma e voltou de uma forma totalmente diferente. É quase que o oposto. Era um time que tinha conexão com o torcedor, tinha conexão entre nós mesmos e os jogadores. Era um jogo que fluía, tinha muita chance de gol, chegava fácil pelos dois lados do campo, que oferecia pouco contra-ataque e era muito atento. A gente retomou de uma forma muito diferente da forma que voltou. A gente tem de trabalhar e tentar retomar daquele momento em que paramos contra o Santos.
Relação com o torcedor A relação não dá para você prever. O torcedor tem todo o direito e é isso que ele vai fazer agora, de reagir com insatisfação, e cobrar o time como tem de ser cobrado. A gente tem de saber suportar isso e procurar trabalhar mais e dar resultado dentro de campo. Não tem muito o que falar e justificar. Nem o jogo do Bragantino e tão pouco o de hoje. A gente tem de trabalhar e mostrar coisas diferentes dentro de campo.
Poupar titulares contra o Guarani Isso absolutamente, não tem nada a ver. Ao contrário, a gente conseguiu descansar alguns jogadores. Não que eles estivessem cansados da sequência, mas a gente iria ter menos tempo para fazer a recuperação. O problema não foi esse. Tivemos muitos outros problemas. Esse não foi um deles.
LEIA TAMBÉM:
- Entenda o envolvimento da parceira do São Paulo na contratação do “super-reforço” Oscar
- Reforço do São Paulo, Oscar deve vestir a camisa 8 no próximo ano
- Papos, memórias e boas-vindas: o papel de Lucas Moura no acerto entre São Paulo e Oscar
- Corinthians e São Paulo gastam muito mais pagando só juros de dívidas do que investem nos salários de Memphis e Oscar
- Morumbis bate recorde histórico e prova mais uma vez sua força ao São Paulo