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Ex-companheiros de Tricolor são os convidados do podcast “GE São Paulo”; ouça.
Campeões da Libertadores com o São Paulo em 2005, Lugano e Grafite participaram do podcast“GE São Paulo” para reviver a conquista do tricampeonato do clube na competição, que completou 15 anos na última terça-feira.
Ambos falaram da importância que cada um deles teve naquele título, e o ex-zagueiro comparou Grafite a um outro ex-companheiro: o uruguaio Luis Suárez (ouça no player abaixo o papo completo com a dupla).
– Faço muita comparação do Grafite com o Suárez no aspecto físico, de chatice e insuportável para a defesa. Joguei muito com o Luis Suárez, ele jogava a bola para a frente e ele bota o corpo, ele põe o cotovelo, gera falta, escanteio e desgasta os caras. Impressionante. Me lembro muito até porque nos treinos gostava de competir com ele (Grafite), porque fisicamente me fazia evoluir.
– Tenho a melhor lembrança dele. Naquele período que ficou machucado (na reta final da Libertadores), que pra ele, imagino, foi muito difícil, seguiu sendo parte do grupo e campeão, até porque chegamos lá em grande parte pelo momento espetacular que ele vivia dentro do São Paulo – afirmou Lugano.
Grafite era um dos principais jogadores do São Paulo em 2005. Na fase de grupos, o ex-atacante marcou quatro gols e despontava como um dos artilheiros da competição. No entanto, uma lesão no joelho o tirou do torneio a partir do segundo jogo das quartas de final, diante do Tigres.
Com a ausência do atacante, Amoroso tomou conta da posição e viria a ser um dos importantes nomes do tricampeonato.
– Depois, quando ele machucou, sinceramente lembro até de conversar com alguns companheiros que a nossa possibilidade na Libertadores havia diminuído muito, porque não ia encontrar no mercado um jogador com aquela força, velocidade e presença de área do Grafite. Era impossível. Por isso aquela contratação do Amoroso pelo São Paulo foi magistral. Na hora certa. Acho que só o Amoroso poderia, com outra característica naquele momento, substituir Grafite, que era o nosso principal jogador – comentou Lugano.
O ex-zagueiro também recebeu os elogios de Grafite. Na época, Lugano ainda era um jovem de 24 anos, mas já tinha as características que o consagraram como um dos maiores jogadores da história do São Paulo.
– Ele é outro exemplo de superação dentro do São Paulo. A vontade dele de treinamento, aquele negócio do cara treinar como joga tem hora que é chato demais, ruim demais para os companheiros no treinamento, mas com o passar dos anos você vai vendo que aquilo é benéfico para você, para você aprender. O Lugano ficava o tempo todo falando durante os jogos, os treinamentos – disse Grafite.
– Quando você tem um companheiro do lado que fala bastante, que te orienta, te posiciona, todos os jogadores que jogaram com ele no São Paulo tiveram um crescimento muito grande por causa dessa característica dele. Ele não brinca em serviço, está sempre sério, sempre em alerta com o olho arregalado. Você olhava para o Lugano nos jogos e no treinamento e ele tava com o olho desse tamanho. Porque ele estava ligado, não estava nem ai para o que estava acontecendo no jogo, ele estava concentrado. Isso foi determinante – completou o ex-atacante.
Jogadores do São Paulo dão volta olímpica após conquista da Libertadores — Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo
A equipe comandada inicialmente por Emerson Leão e, a partir do último jogo da fase de grupos, por Paulo Autuori, fez uma campanha praticamente perfeita. Em 14 jogos, o São Paulo venceu nove, empatou quatro e perdeu apenas um – 2 a 1 para o Tigres, na partida de volta das quartas de final.
O setor ofensivo era um dos pontos fortes do time. Nas 14 partidas foram 34 gols marcados, uma média de 2,4 gols por partida. Em nenhum confronto o Tricolor passou em branco. A defesa, por sua vez, foi vazada 14 vezes.
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