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Julio Gomes
O São Paulo deu um papelão. Mais um, já são anos e anos em que o outrora soberano virou motivo de chacota. A vergonha da vez foi a eliminação para o Mirassol, nas quartas de final do Paulistão. Futebol é futebol. O regulamento do campeonato é patético há anos e, quando a fase eliminatória é realizada em jogo único, tudo pode acontecer. Mas há coisas que não podem acontecer. Simples assim. O São Paulo tem mesmo técnico e mesmo time desde o ano passado, espera-se entrosamento. O Mirassol, o MI-RAS-SOL, perdeu 18 jogadores devido à parada do futebol pela pandemia do coronavírus.
Ou seja, o Mirassol que está na semifinal do Campeonato Paulista nada tem a ver com o Mirassol que se classificou para esta fase. Não é que o São Paulo tenha massacrado, perdido trocentos gols, acertado a trave várias vezes, goleiro consagrado, prejudicado pela arbitragem… nada disso aconteceu. O São Paulo dominou a partida, é óbvio, mas criou pouco e facilitou a vida do time que estava se defendendo.
Levou dois gols no primeiro tempo, acordou, chegou ao empate e… parou de novo. No segundo tempo, parecia ser um time acreditando que o gol sairia a qualquer momento. Mas não saiu. E não passou perto de sair. O castigo veio em um lance bobo, o único de ataque do Mirassol na etapa final. 2 a 3 no Morumbi, adeus São Paulo.
Ninguém se salva de uma eliminação assim. Leco, um presidente questionado, vai sofrer. Raí, um diretor questionado, vai sofrer. Fernando Diniz, um técnico questionado, vai sofrer – e, provavelmente, cair. Mas não podemos nos esquecer dos jogadores. Daniel Alves fez uma partida pífia, Thiago Volpi falhou feio no terceiro gol, e aqui estamos falando dos dois melhores. Ninguém foi bem. Vai ter reclamação de torcida, muro pichado, protestos nas redes sociais e hashtag #foraDiniz. Faz parte.
Eu considerava o São Paulo, pelo que vinha jogando antes do entrosamento e olhando para os principais rivais, o principal favorito ao título paulista. Parece que errei.
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