GazetaEsportiva
O São Paulo tem o futuro do rival Corinthians no Campeonato Paulista em suas mãos. Neste domingo, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz enfrenta o Guarani, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, pela última rodada da primeira fase, e, em caso de derrota tricolor, o Timão não terá chances de se classificar às quartas de final da competição.
Justamente por isso, a torcida são-paulina criou uma campanha para que o time entregue o jogo deste domingo contra o Guarani na intenção de prejudicar um de seus maiores rivais, no entanto, Reinaldo, titular absoluto na lateral esquerda da equipe, não permite se contagiar pela ideia da maioria dos tricolores.
“Tenho certeza que nós vamos entrar em campo sempre para vencer. Independentemente de quem vai ser favorecido, temos que fazer a nossa parte aqui, até porque a gente vem de uma derrota dentro da nossa casa. Creio que cada um aqui está pensando na vitória e não poderia ser diferente, jogamos no São Paulo. Mesmo favorecendo um rival, tenho certeza que vamos fazer uma excelente partida, porque temos que impor o nosso jogo, fazer o nosso jogo, porque o jogo contra o Guarani não vai ser o último”, afirmou Reinaldo em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, lembrando que o São Paulo já tem garantida a vaga nas quartas de final do Paulistão.
“Temos que aproveitar esse jogo como um teste para as fases finais, precisamos estar bem fisicamente, tecnicamente. O jogo contra o Guarani vai servir para a gente ganhar, ficar no topo do nosso grupo e ir para as quartas de final com confiança, podendo impor nosso ritmo de jogo, porque isso foi o que foi falado aqui. Independentemente de qualquer coisa, temos que jogar, fazer o nosso jogo, fazer o que fazemos nos treinamentos. Tenho certeza que nossa equipe vai levar esse jogo contra o Guarani muito a sério”, completou.
Atual líder do Grupo C do Campeonato Paulista, com 18 pontos, o São Paulo precisa de uma vitória para confirmar a classificação às quartas de final como líder da sua chave. E para essa partida decisiva pela última rodada do Paulistão, o Tricolor tem de lidar com dois desfalques: Tchê Tchê e Daniel Alves receberam o terceiro cartão amarelo contra o Red Bull Bragantino e terão de cumprir suspensão. Além disso, Reinaldo, Vitor Bueno e Bruno Alves estão pendurados e, caso sejam escalados para a partida contra o Guarani, correm o risco de receberem o terceiro cartão amarelo e ficarem de fora das quartas de final do torneio.
“Tem o risco de eu ficar fora das quartas de final, mas, se eu ficar de fora do jogo contra o Guarani ou se eu levar o cartão amarelo contra o Guarani e ficar de fora das quartas de final, tem jogadores de qualidade, um treinador que é super inteligente, que sabe lidar não só com os 11 titulares, mas com todo o elenco. Se eu ficar de fora desse ou do próximo jogo, isso vai acontecer uma hora ou outra, tenho certeza que os outros companheiros que entrarem ali vão dar conta, dar o melhor para ajudar o São Paulo. Eu quero estar em campo sempre, ainda mais agora que a gente vem de uma derrota. O desejo do jogador é jogar o próximo jogo para sair com a vitória. Se acontecer de tomar cartão, tenho certeza que o Diniz vai saber montar a equipe da melhor forma possível”, afirmou Reinaldo.
Abaixo, você confere a entrevista completa de Reinaldo à Gazeta Esportiva:
– O Fernando Diniz disse após o jogo que faltou tempo pra trabalhar a parte tática da equipe nesse período de preparação. O que faltou pra equipe contra o Red Bull Bragantino? Foi mais falta de ritmo ou você acha que faltou também um pouco mais de organização tática?
Tomamos três gols, é isso o que o Diniz pede sempre, terminar as partidas sem tomar gols, é isso que a gente prioriza. Mas, ontem, infelizmente tomamos três gols, mérito do adversário, qualidade do adversário, dois chutes de fora da área. Tenho certeza que o professor Diniz hoje mesmo vai ajustar, ver tudo o que foi feito de errado. Creio que também foi feito coisas boas, ele vai passar para a gente. Temos que ter na nossa cabeça que precisamos melhorar sempre, porque está chegando a fase final do Paulista e vamos melhorar. Se Deus quiser, contra o Guarani vamos fazer um excelente jogo para ir para a próxima fase bem, confiante, para conseguir nossos objetivos.
Creio que não teve azar, não. Infelizmente, os caras acertaram três chutes, qualidade do adversário também. Mas, a gente sabe também onde erramos, onde poderíamos não deixar que esses chutes acontecessem. Foi qualidade do adversário, mas também a gente não fez um jogo como vínhamos fazendo antes da parada, sabemos disso. Temos que colocar na cabeça que temos que melhorar. Se a gente fizer tudo o que o Diniz pede, que a gente não fez ontem, tenho certeza que vamos ter grandes atuações e sair com resultados positivos.
– Essa volta às competições foi mais ou menos parecida aos primeiros jogos da temporada ou pelo fato de vocês terem ficado muito mais tempo parados você sentiu mais fisicamente ontem em comparação aos primeiros jogos do ano?
Não foi igual quando voltamos das férias, porque são mais de 3 meses parado. A gente não treina em casa como treina no clube. Tivemos uma semana para fazer a parte física, uma semana para fazer a parte tática, uma coisa em cima da outra, mas isso não pode ser desculpa para que o São Paulo não vencesse ontem. Não vencemos porque não fizemos tudo o que o Diniz pediu. Ficamos devendo e o adversário teve chances de chutar três bolas no gol e chutou, fez os gols. Tivemos oportunidades, teve uma cabeçada do Pato, a minha cobrança de falta, então a nossa volta não foi igual quando voltamos de férias, que é de um mês. Mas, isso não é desculpa, temos que trabalhar e melhorar sempre. Tenho certeza que todo mundo está ciente disso, vai dar certo. No decorrer do tempo, contra o Guarani, depois na próxima fase, tenho certeza que vai dar tudo certo.
– Pra esse jogo contra o Guarani você está pendurado e corre o risco de ficar de fora das quartas de final, caso receba mais um cartão amarelo. Já rolou aquela conversa com o Diniz pra ele te poupar ou você quer ir pro jogo e correr o risco?
Tem o risco de eu ficar fora das quartas de final, mas, se eu ficar de fora do jogo contra o Guarani, ou se eu levar o cartão amarelo contra o Guarani e ficar de fora das quartas de final, tem jogadores de qualidade, um treinador que é super inteligente, que sabe lidar não só com os 11 titulares, mas com todo o elenco. Se eu ficar de fora desse ou do próximo jogo, isso vai acontecer uma hora ou outra, tenho certeza que os outros companheiros que entrarem ali vão dar conta, dar o melhor para ajudar o São Paulo. Eu quero estar em campo sempre, ainda mais agora que a gente vem de uma derrota. O desejo do jogador é jogar o próximo jogo para sair com a vitória. Se acontecer de tomar cartão, tenho certeza que o Diniz vai saber montar a equipe da melhor forma possível.
– O Corinthians depende do São Paulo pra se classificar para as quartas de final do Campeonato Paulista, e o torcedor tricolor vem fazendo campanha pro time entregar contra o Guarani. O que você pensa sobre isso?
Tenho certeza que não só eu, mas todos os meus companheiros e o Diniz também, nós queremos sempre vencer os jogos. Ainda tem essa possibilidade de a gente ter que ganhar para ficar na liderança do nosso grupo, para jogar o mata-mata na nossa casa. Tenho certeza que todos nós vamos entrar em campo sempre para vencer. Independentemente de quem vai ser favorecido, temos que fazer a nossa parte aqui, até porque a gente vem de uma derrota dentro da nossa casa. Creio que cada um aqui está pensando na vitória e não poderia ser diferente. Jogamos no São Paulo. Mesmo favorecendo um rival, tenho certeza que vamos fazer uma excelente partida, porque temos que impor o nosso jogo, fazer o nosso jogo, porque o jogo contra o Guarani não vai ser o último. Temos que aproveitar esse jogo como um teste para as fases finais, precisamos estar bem fisicamente, tecnicamente. O jogo contra o Guarani vai servir para a gente ganhar, ficar no topo do nosso grupo e ir para as quartas de final com confiança, podendo impor nosso ritmo de jogo, porque isso foi o que foi falado aqui. Independentemente de qualquer coisa temos que jogar, fazer o nosso jogo, fazer o que fazemos no treinamento. Tenho certeza que nossa equipe vai levar esse jogo contra o Guarani muito a sério.
– O São Paulo precisa vencer a última rodada para garantir a classificação com líder do seu grupo e ter a vantagem do mando de campo, mas com os estádios vazios, o mando de campo ainda faz diferença?
A gente sabe que o nosso torcedor é muito importante para a gente, fez a diferença no jogo contra a LDU, Morumbi lotado, torcedores nos apoiando, diferente da partida de ontem. Mas, sabemos que jogar dentro da nossa casa, independentemente de ter torcida, é a nossa casa, nosso campo, onde costumamos jogar diante do nosso torcedor, conhecemos lá muito bem. Então, tenho certeza que quando tiver jogo lá vai ser a nossa casa, embora os torcedores estejam na casa deles nos apoiando, O torcedor, quando pode, lota. É uma diferença muito grande jogar lá.
– O que muda no time do São Paulo com a saída do Antony e a entrada do Pablo? Os jogadores sentiram muita diferença em relação à forma de jogar com essa mudança?
São características totalmente diferentes, mas o Pablo é um cara de fazer gol, está sempre buscando a área. O Antony é um cara do um contra um, muito importante, nos ajudou muito, foi ser feliz lá fora, jogar na Europa, um sonho de todos os jogadores. Saiu do clube pelas portas da frente, com o dever cumprido, fez o melhor aqui. Agora é a vez do Pablo, ontem ele já foi muito bem, espero que continue assim, não só o Pablo, mas o Pato, o Bueno, o Igor Gomes, porque vamos precisar dos quatro ali na frente, são peças fundamentais para a nossa equipe. Quando eles estão bem, nossa equipe sai com um resultado positivo, porque são diferentes, desequilibram o jogo. Temos que sempre contar com esses caras, sair de lá de trás com qualidade. Levar a bola limpa para eles fazerem boas jogadas e fazerem gols.
– Enquanto o São Paulo vive um momento de estabilidade, os rivais vêm enfrentando algumas dificuldades. O Corinthians, por exemplo, pode não se classificar para as quartas de final, o Palmeiras perdeu seu principal jogador, o Dudu, e o Santos vem enfrentando problemas fora de campo, com alguns jogadores querendo sair do clube. Esse é o momento mais propício pro São Paulo conquistar o Paulistão, considerando que os principais adversários não vivem uma boa fase?
A gente tem que fazer nosso trabalho aqui, melhorar a cada dia, porque o nosso maior adversário pode ser nós mesmos. Temos que estar cientes que não fizemos uma boa partida ontem, mas também cientes de que podemos melhorar, e o Diniz passar tudo o que não deu certo para melhorarmos. É ganhando confiança jogo a jogo, pegar a parte tática o mais rápido possível par anão ter nenhuma surpresa e conseguirmos o nosso objetivo. Nossa base foi mantida, só saiu um jogador, mas tem outros de muita qualidade, como o Everton, o Helinho, o Paulo Boia. Os meninos que estão surgindo e vão surgir nesse ano para nos ajudar também. Então, tenho certeza que a tendência é melhorar. Com o grupo que nós temos aqui, a qualidade só vai aumentar para sermos campeões.
– Como você vem lidando com esse ‘novo normal’ por causa da pandemia? O time tem que ficar concentrado longe da família, e certamente essa é uma das coisas que mais faz falta na vida não só de um jogador de futebol, mas de qualquer pessoa. O Fernando Diniz vem conversando com vocês sobre essa questão?
Aqui é um grupo muito bom, que na quarentena e depois que voltaram os treinos está se cuidando ao máximo, porque temos que se cuidar. Tem muitos jogadores com filhos em casa, como eu. Sempre procuro estar treinando e quando acaba o treino passar álcool em gel, se for no mercado, na farmácia, usar máscara, quando chegar em casa colocar a roupa para lavar o mais rápido possível, tomar um banho, para estar bem limpo para brincar com as crianças. Então, desde quando começamos a treinar, fizemos uns cinco ou seis testes, graças a Deus todos negativos. Isso é um bom sinal, todos estão se cuidando, focados para voltar o futebol e não parar, continuar nesse novo normal. Passei esses três meses sem jogar futebol, sinto muita falta. Me cuido bastante, sempre dentro do meu carro tem álcool em gel, procuro estar sempre de máscara. Tenho certeza que todos aqui do São Paulo está se cuidando, os médicos conversam bastante com a gente. Está dando tudo certo, ninguém positivo. Continuar assim, porque isso é bom não só para a sociedade, mas para a nossa saúde, nossa família. Não podemos vacilar com esse vírus.
– O Brasil soma mais de 84 mil mortes por causa da covid-19. Você acha que essa era a hora de o futebol voltar aqui no País? Você se sente seguro para o retorno das competições?
Creio que sim. Eu me cuido aqui em Cotia, todos estão se cuidando, fazendo os testes, tudo certinho. Me sinto seguro, sim. Já nessa volta, nos jogos, vários protocolos, mas super de boa, confiante de que está tudo certo, tendo tranquilidade para podermos trabalhar, não só os jogadores, mas todos os profissionais. Isso está me dando muita confiança nessa volta, espero que continue assim, que ninguém relaxe. Essa nossa volta está me dando muita segurança de que vai dar certo e vamos conseguir vencer esse vírus para que possamos voltar ao normal.
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