Volpi, do São Paulo, explica por que não quis jogar pela seleção do México

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SporTV

Goleiro do Tricolor recebeu convite para se naturalizar quando era jogador do Querétaro.

Antes de ser contratado pelo São Paulo, no fim de 2018, o goleiro Tiago Volpi se tornou um dos grandes nomes do Querétaro, do México, durante os quatro anos em que defendeu o clube. A boa passagem fez o brasileiro receber convites para se naturalizar mexicano e defender a seleção do país.

No “Bem, Amigos” desta segunda-feira, Volpi relembrou essa passagem em sua carreira e explicou por que recusou as investidas dos mexicanos.

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– A questão do México foi algo muito bonito, uma identificação muito grande dentro do clube, dentro do país. A questão da seleção existiu sim a possibilidade. Eu tinha direito de me naturalizar mexicano, servir a seleção. Mas esse foi um tema que deixei bem claro que eu não faria. Pelo fato de eu não achar justo, não achar correto jogar por outra seleção. Sempre penso que seleção é muito mais um sentimento do que um negócio. Então, se eu aceitasse ir para a seleção mexicana, estaria fazendo um negócio, e não um sentimento – afirmou o goleiro.

– Eu, quando criança, nunca sonhei em vestir a camisa da seleção mexicana e tendo a oportunidade, estaria tirando espaço de alguém que sempre sonhou, de um mexicano que sempre sonhou. Me naturalizar eu me naturalizo por questão do país, por minha filha ser mexicana. Mas ir para a Seleção deixei bem claro que não faria – acrescentou.

Tiago Volpi durante treino no São Paulo — Foto: Rubens Chiri

Tiago Volpi durante treino no São Paulo — Foto: Rubens Chiri

Desde o início de 2019 no São Paulo, Volpi se tornou um dos principais jogadores do elenco e foi observado pela comissão técnica do técnico Tite, da seleção brasileira.

Em março deste ano, Taffarel, preparador de goleiro da Seleção, foi ao Morumbi ver o jogador em São Paulo x Ponte Preta. Ele, no entanto, ainda não foi convocado.

Salários no São Paulo

Tiago Volpi também falou sobre a negociação de salário entre jogadores e a diretoria do São Paulo durante a pandemia do novo coronavírus. Desde a paralisação dos torneios, os atletas têm recebido 50% do salário.

– Um processo natural por tudo que vivemos. Não tem como exigir que o clube te pague o que você recebia. Se a gente não tem essa coerência de entender a situação, nós como seres humanos estamos deixando a desejar – disse Volpi.

O São Paulo vive uma grave crise financeira desde o fim de 2019, quando registrou um déficit de R$ 156 milhões. O dinheiro da venda de Antony ao Ajax vai ser um alívio para os cofres do clube, mas Volpi faz um alerta.

– O clube também não pode querer usar a pandemia para benefício próprio para corrigir erros lá de trás. Mas no São Paulo as coisas estão sendo conduzidas de forma tranquila –finalizou.

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