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José Eduardo Martins
O camisa 10 do São Paulo, Daniel Alves concedeu entrevista coletiva virtual na tarde de hoje (4) e não poupou críticas aos bastidores do Tricolor paulista. O lateral foi um dos primeiros líderes do elenco a se posicionar após a derrota para o Mirassol por 3 a 2, em pleno Morumbi, nas quartas de final do Campeonato Paulista, e ainda relembrou o 7 a 1 sofrido pela seleção brasileira contra a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, para falar da frustração que é cair para equipe do interior.
“Um clube para estar em evolução, as pessoas que estão à frente dele precisam ter o poder de decisão. Um clube não evolui se tudo tem de passar por um conselho, muita gente que tem de opinar nas tomadas de decisão e não sabemos se são as melhores decisões. Começa a gerar uma certa instabilidade, todos os clubes que têm liberdade de evolução estão em evidência, não têm problemas financeiros”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o marketing que a equipe do Morumbi tem feito em relação a sua imagem, o atleta afirmou que, se dependesse dele, algumas tomadas de decisões seriam totalmente diferentes. No entanto, como isso não está em seu alcance acaba deixando para os responsáveis. “Não controlo o marketing do São Paulo. Se controlasse, algumas tomadas de decisão seriam diferentes, porque tenho outra ideia do que faria no meu caso e no caso de um clube desse tamanho. Eu foco no que está ao meu alcance”, disparou.
Na carreira do lateral, ele sofreu com algumas derrotas. Entre elas, está o 7 a 1 nas semifinais da Copa do Mundo que ocorreu aqui no Brasil, em 2014. O jogador revela que a queda para o Mirassol não é como a vestindo a camisa da seleção. Porém, ressalva que é frustrante assim como tantas outras. “Com relação à derrota, para alguém que perdeu de 7 a 1 você vem falar que essa é a prior derrota. É evidente que foi frustrante, mas não dá para falar que foi a mais frustrante. Assim, como foi perder outras vezes”, afirmou.
Daniel Alves ainda citou que para a equipe voltar a conquistar títulos é necessário que todos que fazem parte do São Paulo estejam em sinergia. Se todos não tiverem com o mesmo objetivo, haverá falha no processo da conquista.
“O São Paulo não é apenas jogadores. O São Paulo é um todo que se não estiver contato não vai fluir. Nós precisamos controlar da área que estamos, temos de controlar o suor que deixa. Nem todo mundo quer a mesma coisa, vai ficar exposto quem não quer aquilo, o presidente, o dirigente, jogador, treinador, sempre nós que vamos ficar expostos, temos essa liberdade para deixar tudo fluir, com essa fluidez de todo mundo lutando pela mesma coisa”, disse. “Um clube grande do tamanho do São Paulo não fica tanto tempo sem ganhar um título se não tiver uma conexão. Quando falha alguma coisa não vai ganhar”, concluiu.
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