GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
Alexandre Pato caiu em descrédito com Fernando Diniz. Em má fase, o jogador não vem agradando a comissão técnica com seu comportamento. Sem demonstrar certa insatisfação pela condição de reserva, o camisa 7 pode ser negociado pelo São Paulo, que não tem condições de arcar com o alto salário do atleta caso ele não seja extremamente útil à equipe.
Por enquanto, não há qualquer conversa para negociar Alexandre Pato, mas tratativas podem, sim, acontecer. A diretoria tricolor não enxerga o atacante como um jogador inegociável e, com a grave crise financeira enfrentada pelo clube, a venda do atleta pode até ser um alívio para os cofres do São Paulo.
Pato chegou ao Tricolor ganhando menos do que havia sido acertado por uma questão de readequação no fluxo de caixa. Ficou combinado que em 2020 o salário do atacante aumentaria, o que se confirmou. Porém, por causa da pandemia do novo coronavírus, os rendimentos do clube não foram como esperado, e a saúde financeira do São Paulo, que já era preocupante, ficou ainda mais grave com a obrigação de arcar com uma quantia mensal fora dos padrões brasileiros ao camisa 7.
Sem Guerrero para o resto de 2020, o Internacional desponta como um provável destino de Alexandre Pato. Pesa a oportunidade de o jogador retornar ao clube que o revelou e ter espaço para ser destaque da equipe de Eduardo Coudet. O Atlético-MG, de Jorge Sampaoli, também procura um atacante, já que Diego Tardelli também só volta à ativa em 2021.
Desde a retomada das competições, Alexandre Pato atuou em dois jogos e foi substituído em ambos, contra o Red Bull Bragantino e Mirassol. Depois disso, se tornou reserva da equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz e viu, inclusive, nomes mais modestos do elenco, como Paulinho Boia, Helinho e até mesmo Gonzalo Carneiro ganharem chances com Fernando Diniz.
Com a chegada de Luciano ao São Paulo, Alexandre Pato terá mais um concorrente, este com mais bagagem, por uma vaga no ataque titular. A cada dia, a situação fica mais difícil para o jogador, que não deseja deixar o clube, mas, para isso, precisa mudar da água para o vinho seu comportamento dentro de campo.
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