GloboEsporte
Denise Thomaz Bastos, Felipe Ruiz e Victor Pozella
Amigos (e adversários no futebol) fazem duas apostas para o Majestoso deste domingo.
A amizade entre Jô, atacante do Corinthians, e Dodô, torcedor do São Paulo e vocalista do grupo de pagode Pixote, é antiga. Inclusive, os dois já passaram réveillon juntos, e o músico fez um show exclusivo para a família do camisa 77.
O Globo Esporte promoveu um papo virtual com a dupla. Afinal, domingo, às 11h (de Brasília), é dia de clássico no Morumbi, válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
– A gente tem uma amizade de muitos anos, sempre foi essa alegria, essa parceria de se abraçar e de dar risada, só que de um tempo pra cá a gente se estreitou mais. Eu falei pra ele que um dia eu ia voltar pro Corinthians. Eu sei que ele é são-paulino, então eu gosto de envolver ele com as coisas do Corinthians, porque eu quero trazer ele mais pro nosso lado – brincou o atacante corintiano.
Jô e Dodô: unidos pelo futebol e pela música. — Foto: Arquivo pessoal
No domingo, os dois estarão envolvidos com o clássico. Enquanto um apenas torcerá, o outro estará em campo. E isso preocupa muito o pagodeiro. O trecho da música do Pixote que dá título à reportagem, inclusive, resume o sentimento antes do Majestoso:
– Estou com medo, cara. Tremendo, porque ele sempre faz (gol) no último minuto ou alguém faz um pênalti nele. Ele voltou e aí tudo acontece com o Jô. Em clássico ainda, que ele fica gigante. Mas espero que jogue bem pra caramba, mas que o são Paulo Futebol Clube, por favor, me faça um pouquinho de alegria – disse Dodô.
Ao lado do casal, Dodô brinca com os filhos de Jô. — Foto: Arquivo pessoal
No bate-papo virtual, falando sobre o clássico de domingo, os dois amigos fizeram uma aposta envolvendo dança. Dodô desafiou:
– Eu vou deixar um desafio aqui: se o Jô perder o jogo, vai ter que fazer a nossa dancinha. Agora o Jô é um dançarino clássico. Além de jogar, está dançando demais.
Para não ficar apenas na diversão, propusemos também uma aposta solidária em meio à pandemia do novo coronavírus. Com a palavra, mais uma vez, Dodô:
– A gente está com essa doença invisível, que a gente não consegue cuidar dela, então tem muita gente precisando. Vamos doar cestas básicas pra rapaziada, certo? Vamos colocar então 200 cestas básicas? 200 por gol? É por gol. São Paulo, estou confiante. Vamos embora. O número de gols vai ser o numero de cestas básicas. Se fizer dois, 400 cestas. E assim por diante. Vamos ver. São Paulo Futebol clube, por favor me ajuda?
Jô presenteia Dodô com uma camisa autografada do Nagoya Grampus, seu ex-time no Japão. — Foto: Arquivo pessoal
Revivendo rivalidades sadias do passado no futebol paulista, o atacante corintiano falou sobre provocações e brincadeiras com o amigo são-paulino.
– Eu gosto de provocar, porque esses tipos de provocações eu acredito que o povo tem que saber que existe um respeito muito grande. Tanto pela entidade, quanto pelo meu amigo. Então essas coisas eu acho legal entre amigos. Ele me zoa, eu brinco com ele. A gente não pode acabar com isso, porque é uma coisa que nos motiva. Lógico que eu vou fazer o melhor pro meu clube, mas também no intuito de depois que acabar o jogo brincar com ele. Esse espírito tem que manter.
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