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Danilo Lavieri
Colocar Alexandre Pato no banco do São Paulo na partida de hoje (13) contra o Fortaleza se mostrou uma decisão acertada de Fernando Diniz na tentativa de fazer o time funcionar. Não que o futebol exibido contra o Fortaleza de Rogério Ceni no Morumbi nesta noite tenha sido excepcional, mas a vitória é essencial para que o treinador tenha fôlego.
Bastante pressionado após a eliminação contra o Mirassol no Paulistão, o técnico virou o centro das atenções de reclamações de conselheiros, torcedores e até da imprensa. A demora para trocar peças é uma das principais reclamações dos que não gostam do seu trabalho. Sua primeira resposta após o vexame no Estadual foi privilegiar Pablo. No entendimento do comandante, os dois escalados à frente não estavam rendendo.
Mesmo nessa sequência de apresentações ruins no aspecto coletivo, Pablo era um dos melhores do time, na movimentação, na técnica e, especialmente, na vontade. Por mais que não seja exatamente um craque, o atacante ao menos transparece irritação quando as coisas não dão certo e batalha até a última bola.
Alexandre Pato competia por um espaço parecido em campo e apresentou desempenho pior. Para agravar a situação, ele não demonstra que se afeta com a crise. Pelo contrário: vive aos risos nas redes sociais e virou sinônimo de falta de vontade para parte da torcida são-paulina. Essa cobrança para cima do genro de Silvio Santos, aliás, é recorrente e persegue o jogador desde o seu início de carreira, especialmente depois da ida à Itália.
A saída de Pato estava se desenhando nos últimos jogos. Ele foi sacado nas duas últimas partidas com a bola rolando e tem seu último gol com a camisa do São Paulo anotado em março. Contratado com status de xodó da torcida, ele não conseguiu apresentar uma boa sequência e chegou até a ser colocado como negociável pela diretoria tricolor. O jogador, no entanto, recusou as propostas que apareceram.
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