Presidente do Goiás aponta ‘falha grotesca’ e sugere mudanças no protocolo

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Macelo Almeida, presidente do Goiás - Reprodução/Instagram
Macelo Almeida, presidente do Goiás Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

Após a suspensão de Goiás x São Paulo pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, o presidente do time goiano, Marcelo Almeida apontou uma falha grotesca do sistema de testagem estabelecido pelo protocolo da CBF. Apesar disso, o dirigente afirmou não ter se surpreendido com o problema, mas, sim, com o seu tamanho.

“A CBF vai ter que rever sua logística em relação ao laboratório. Os jogadores do Vila Nova viajaram ontem sem saber o resultado dos testes. E chegando em Manaus, tiveram um positivo. Esse jogador contaminado viajou com a delegação lá para Manaus e só lá ficou sabendo. Isso está errado. (…) Foi uma falha grotesca. Eu já imaginava que isso ia acontecer. O Brasil é continental. A complexidade dessa testagem é muito grande. Eu acho que a CBF vai rever. Eu acho que seria mais prudente que elegêssemos dois laboratórios em cada cidade e os resultados fossem enviados à CBF. Isso seria muito mais fácil”, disse o presidente em entrevista coletiva após a suspensão do jogo.

“Houve falha grotesca. Comecei a lembrar com o que aconteceu com o Red Bull Bragantino, que teve uma situação parecida no Campeonato Paulista. (…) Hoje não foi um dia de concentração para o Goiás. Foi de desconcentração, estresse. Ninguém sabia se ia jogar ou não. Uma situação extremamente inusitada. Erros grotescos. É uma situação nova. Esperava equívocos menores, não tão catastróficas. É um jogo que vai render um prejuízo financeiro para a gente porque o Goiás gastou muito dinheiro com esse jogo, um jogo de TV aberta. E ninguém vai pagar essa conta”, continuou.

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Preocupação com novos testes e com outros atletas

O mandatário esmeraldino informou, ainda, que a delegação do Goiás não viajará a Curitiba para o duelo contra o Athletico Paranaense se não obtiver os resultados dos testes de seus atletas antes de terça-feira.

“O Goiás foi um dos clubes que mais testou jogadores desde que voltamos a treinar. Desde o início do Campeonato Brasileiro, estamos seguindo o protocolo da CBF. (…) O mundo não vai parar, mas não podemos ser vencidos pelo vírus. Temos que agir de maneira mais pensada. Acho que se tivéssemos uma descentralização dos exames, isso não teria acontecido. Se os exames da quinta-feira tivessem sido bem feitos, nada disso teria acontecido. Foi uma sucessão de erros. Espero que as pessoas aprendam com isso. Hoje, já fazemos exames visando ao próximo jogo, com o Athletico Paranaense. A gente não embarca para Curitiba se não tivermos os resultados dos exames em nossas mãos”, disse.

Marcelo Almeida também demonstrou preocupação com a possibilidade de mais jogadores contaminados antes do jogo com o Athletico e com ‘falsos negativos’ nos testes que serão realizados hoje.

“Oficialmente, o exame do jogo para o Athletico vai ser feito hoje. Então, se mais jogadores forem contaminados, eles não vão testar positivo hoje, mas só na terça ou na quarta, quando não tem teste obrigatório. É um grande problema”, completou.

Elenco maior para o Brasileirão

Por fim, o presidente do Goiás falou sobre contratações. O mandatário afirmou que, apesar de ser contrário a ter um elenco muito grande, ele acredita que o clube precisará contar com mais jogadores para a maratona de jogos do Campeonato Brasileiro.

“Existe a possibilidade de nossos jogos acontecerem em um intervalo inferior ao de 66 horas. Para que a gente possa fazer um campeonato bem feito, vai ser essencial ter um elenco maior que o nosso. Vou ter dificuldade para as próximas rodadas, porque os jogadores que testaram positivo vão ter que ser afastados. Isso poderia ter acontecido com qualquer time. Não é o que eu queria. Sou contra elenco grande, mas vai ser necessário. Estamos sem elenco para ir para o jogo contra o Athletico. Só isso”, disse.

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