Raí descarta largar cargo, e Pássaro classifica queda do SPFC como fiasco

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Raí - Marcello Zambrana/AGIF
Raí Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

Demorou, mas os dirigentes do São Paulo se pronunciaram após um dos maiores vexames na história do clube. Hoje (31) à noite, dois dias após o revés diante do Mirassol, da quarta divisão do Brasileirão e que sofreu 18 alterações durante a pandemia do novo coronavírus, o Tricolor divulgou uma entrevista coletiva com o executivo de futebol, Raí, e o gerente executivo da pasta, Alexandre Pássaro. O ex-jogador, como havia publicado o UOL Esporte, conta com o respaldo do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, descartou deixar o Tricolor.

“Isso nunca passou pela minha cabeça. Estamos focados aqui no trabalho com todo o time, toda a equipe. A gente acredita que podemos fazer um bom e grande final de ano é nisso que estamos focados agora”, disse Raí.

Vacilo do SPFC? Totens de torcida não são por jogo, mas por temporada

Alexandre Pássaro foi duro na hora de falar sobre a decepção com a equipe, que perdeu por 3 a 2 em pleno Morumbi para o Mirassol. O resultado provocou a eliminação precoce do Tricolor no Campeonato Paulista.

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“A decepção é gigantesca, um resultado que nem nos nossos piores pesadelos a gente esperava. Com todo o respeito ao Mirassol, mas o São Paulo não pode perder para o Mirassol, ainda mais nas condições de perda de elenco e de diferença de nível técnico que existem entre as duas equipes. Foi um verdadeiro fiasco, o que nos causa uma revolta gigantesca, como a gente também tem certeza que é para a torcida. Mas agora cabe para a gente trabalhar ainda mais para corrigir os erros para que isso nunca mais volte a acontecer, e a gente não sinta mais esse sabor amargo”, afirmou Pássaro.

O cartola confirmou a permanência de Fernando Diniz no cargo, como havia publicado o UOL Esporte. Apesar do resultado negativo, o trabalho do treinador é bem avaliado pelos dirigentes que atuam no departamento de futebol. A equipe está concentrada no CT de Cotia, que é geralmente utilizado pelas categorias de base. O Tricolor estreia no campeonato nacional no dia 9, fora de casa, contra o Goiás.

“Mantemos o Diniz pelos mesmos motivos que faziam com o trabalho fosse bom e deveria seguir há seis dias, antes do jogo contra o Red Bull. O trabalho do Fernando Diniz continuou muito bom é o que a gente acompanha no dia a dia. O resultado é uma outra coisa que a gente precisa buscar melhorar. Mas a gente perdeu dentro de campo, a gente não perdeu na área técnica, nos treinos, não perdemos na condição física, na estratégia desde que a gente voltou da pandemia. A gente perdeu dentro de campo, a partir do momento em que o juiz apitou o início do jogo. A gente perdeu ali, naqueles 90 minutos”, justificou Pássaro.

Confira o restante da entrevista da dupla:

Raí sobre a eliminação

Toda desclassificação é dolorida, ainda mais quando a gente pensa na torcida. Mas essa eu diria que é a mais inesperada, pelo nível que o time estava antes da parada, e pelas dificuldades que essa parada trouxe para o Mirassol. A mais inesperada também tende a ser a mais sofrida.

Pássaro sobre cobrança ao elenco

A cobrança sempre existe, ela é diária. Estamos sempre avaliando, e tirando novas conclusões, sempre adaptando e o que a gente não quer é que isso aconteça de novo. Então o que precisarmos fazer, e reavaliar para que isso não aconteça de novo será feito.

Raí sobre falta de títulos

Todos os clubes grandes passam por secas desse tipo, e quando tem um período tão longo assim você tem de avaliar tudo. Desde os detalhes até as questões macro. E avaliar, e repensar, ver o que pode melhorar em todos esses níveis. Mas o nosso foco agora, tem de ser nessa temporada. Temos uma temporada totalmente atípica, mas com totais condições de se recuperar.

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