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Mauro Cezar Pereira
O Vasco de 2019, em 34 rodadas sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, era um time de rejeição à bola. Defesa fechada e velocidade compunham a estratégia básica de uma equipe mediana que fez campanha mediana. Não se pode dizer que o time de Ramon Menezes é radicalmente diferente, mas mostrou, contra o São Paulo, capacidade de alternar seu comportamento em diferentes momentos da partida.
E o mais importante, sabendo explorar as deficiências de sempre do time de Fernando Diniz, que tem volume de jogo, cria, não faz os gols e concede várias oportunidades aos adversários. Assim os vascaínos construíram a vitória por 2 a 1 em São Januário, a segunda em dois jogos disputados em casa até aqui – bateu o Sport quinta-feira por 2 a 0.
O time visitante repetiu o que já se viu antes, com início forte, pressionando a saída de bola vascaína e finalizações. Quando os tricolores chegaram ao quinto arremate, os vascaínos tinham apenas um. No encerramento da etapa inicial, sete contra cinco pró-São Paulo, sinal de que no transcorrer dos primeiros 45 minutos o Vasco, pouco a pouco, aumentou o tempo de posse da pelota e atacou, subiu a marcação, fez o goleiro são-paulino trabalhar. A sensação quando os times foram para os vestiários no intervalo foi de equilíbrio que não se via nos movimentos iniciais da partida.
No segundo tempo o roteiro foi semelhante, mas com gols. O São Paulo voltou a pressionar no ataque, criou algum perigo, mas nada tão claro como no gol de Germán Cano, abrindo o placar na primeira finalização do Vasco após o intervalo. Na origem do lance, o erro de Reinaldo que, sozinho, chutou a bola para o alto, escanteio. Após a cobrança o argentino não perdoou. O mesmo atacante ampliou chutando, mais uma vez livre, na área tricolor após Andrey roubar a bola e conduzi-la até a área sem ser incomodado. Três pontos para o Vasco, mesmo com o gol de Reinaldo, de pênalti, nos acréscimos.
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