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Marcelo Raed
Troca no intervalo joga time carioca para o campo defensivo.
O duelo monocromático dos tricolores, com o São Paulo de preto e o Fluminense de branco, também foi marcado por detalhes e falhas táticas. No final, vitória do São Paulo por 3 a 1, de virada, gols de Wellington Silva para os cariocas, Brenner, Luciano e Vitor Bueno para os paulistas.
No primeiro tempo, Odair Hellmann conseguiu neutralizar a saída de jogo a partir dos zagueiros do São Paulo, Diego e Léo, com uma alteração tática. Com a ausência de Evanílson, Nenê e Marcos Paulo atuaram pelo meio – saindo do 4-1-4-1 para um 4-2-3-1. Sem um atacante de referência, os dois jogadores, que geralmente atuam pelos lados do campo, revezaram na frente, muitas vezes lado a lado.
Repare no posicionamento dos jogadores do Fluminense. Mesmo com qualidade na saída de bola, Diego e Léo passaram boa parte do primeiro tempo sem opções seguras para o passe.
Fluminense cerca a saída de bola do São Paulo — Foto: Reproduçãohttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
O gol do Fluminense nasceu de uma falha de Igor Vinícius no cálculo do quique da bola. Após chutão do goleiro Marcos Felipe, eram três jogadores do São Paulo para o domínio simples.
São Paulo tinha três jogadores para cortar a bola do gol do Fluminense — Foto: Reprodução
Com boa ultrapassagem de Nenê, oferecendo opção na jogada, Wellington Silva conseguiu o espaço necessário, driblou para dentro e acertou lindo chute.
Ultrapassagem de Nenê facilita investida de Wellington Silva — Foto: Reprodução
Mudança no intervalo
No intervalo, Fernando Diniz mudou peças. A principal delas foi a entrada de Igor Gomes no lugar de Hernanes, que causou uma modificação na característica do meio-campo são-paulino. Com um meia mais próximo dos atacantes, Igor Gomres deu espaço de campo para a construção a partir dos zagueiros. O São Paulo, assim, neutralizou o bloqueio duplo por dentro de Nenê e Marcos Paulo, abriu o jogo pelos lados e empurrou o Fluminense para o campo defensivo.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
O gol de empate saiu de uma jogada ensaiada de escanteio. Léo desviou na primeira trave e Brenner completou para o gol vazio. Repare que a defesa do Fluminense estava posicionada para marcação mista, com seis jogadores protegendo a pequena área e dois jogadores em marcação individual.
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Léo, marcado por Nenê, parte para o cabeceio no gol de empate do São Paulo — Foto: Reprodução
Nenê era o responsável para evitar a corrida do Léo, que conseguiu se livrar da marcação e desviar a bola na altura da primeira trave.
Léo toma a frente de Nenê — Foto: Reprodução
E desvia para o gol de Brenner — Foto: Reproduçãohttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Se o gol de empate logo no início do segundo tempo mexeu com o Fluminense, o gol da virada, aos 8 minutos, foi devastador. E tudo começou com um posicionamento errado na construção da linha defensiva.
Para reduzir o espaço de campo do adversário, os técnicos orientam que seus defensores estejam próximos, em linha, posicionados o mais próximo possível dos jogadores de meio de campo. Assim, o time fica compacto e tira o espaço do adversário com a linha de impedimento. Repare, então, no posicionamento do Luccas Claro.
Luccas Claro não fecha a linha de marcadores do Fluminense na virada do São Paulo — Foto: Reprodução
Se Luccas Claro estivesse na linha dos demais defensores do Fluminense, os atacantes do São Paulo não teriam liberdade para dominar a bola. Foi nesse espaço que Brenner e Luciano aproveitaram para virar o jogo.
No final, Victor Bueno, em um chute de fora da área, ainda marcou o terceiro. A vitória do São Paulo deixou a equipe a apenas um ponto da liderança do Brasileiro. Em um campeonato que se mostra tão nivelado, evitar falhas é fundamental.
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