Em novo momento com Diniz, São Paulo chega a rejuvenescer até quatro anos

33

UOL
Eder Traskini

O São Paulo de Fernando Diniz começa a encontrar um novo caminho em 2020. Na vice-liderança do Brasileirão, o Tricolor Paulista vem apostando mais na juventude dos garotos do que na experiência dos medalhões que figuram no elenco, diminuindo em até quatro anos a média de idade da equipe titular. Desde a eliminação no Paulista, Diniz vem trocando dando mais chances a jogadores mais jovens, como Igor Vinícius, Léo Pelé e Diego Costa, em detrimento de veteranos como Juanfran, Bruno Alves e Arboleda.

Com isso, a equipe Tricolor rejuvenesceu em campo, a despeito de toda a pressão que cerca um clube que não celebra um título há oito anos. Em comparação com a estreia na temporada, o São Paulo chegou a diminuir a média de idade em quatro anos desde a nova aposta de Diniz se iniciar. O primeiro jogo de 2020, contra o Água Santa, teve os seguintes 11 titulares: Volpi; Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Léo Pelé; Tchê Tchê, Hernanes e Daniel Alves; Vitor Bueno, Paulinho e Pablo. A média de idade da equipe bateu 29 anos, mesmo sem a presença de Reinaldo (30, seis anos mais velho que Léo).

Já no clássico contra o Corinthians, quando Diniz escalou a equipe são-paulina mais jovem até aqui na Série A, a média caiu para 25 anos. Naquele dia, entraram campo: Volpi; Igor Vinícius, Léo Pelé, Diego Costa e Liziero; Tchê Tchê, Gabriel Sara e Hernanes; Paulinho, Pablo e Luciano. Na vitória de virada contra o Fluminense, o time que começou o jogo teve média de 26 anos.

Publicidade

Com a lesão recente de Daniel Alves, somente um jogador fez o caminho contrário: Hernanes, um medalhão que ganhou mais espaço nos últimos jogos —mas que foi substituído no intervalo no domingo (6), antes da virada para cima do Flu. O “profeta” e o lateral Reinaldo são os únicos jogadores de 30 anos ou mais que vêm atuando regularmente. Juanfran também foi utilizado na última rodada, tendo saído do banco.

A utilização de garotos por parte do Tricolor do Morumbi agrada à ala política do clube que pede prioridade aos talentos revelados por Cotia. No ano passado, um estudo produzido pelo “CIES Football Observatory” —braço do Centro Internacional de Estudo do Esporte, uma organização independente criada em uma parceria da Fifa— apontou o São Paulo como quinto clube das Américas que mais fornece jogadores para a principal divisão de seu país. O clube foi também aquele que mais utilizou atletas formados na base em sua equipe principal no Brasileirão-2019.

LEIA TAMBÉM: