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Diego Salgado e José Eduardo Martins
Santos e São Paulo jogam amanhã (12), na Vila Belmiro, pelo Brasileirão. Coincidentemente, há um ano, Cuca era o comandante do Tricolor paulista. Em sua segunda passagem pelo clube do Morumbi, o atual treinador do Peixe deixou alguns jogadores como legado. Durante o período em que esteve no cargo, três atletas foram indicados por ele: Tchê Tchê, Vítor Bueno e Marquinhos Calazans.
Os três têm realidades completamente distintas. O meio campista era titular absoluto com Cuca e continua intocável no time de Fernando Diniz. Hoje, ele é considerado uma das peças mais importantes no esquema do treinador tricolor. No total, Tchê Tchê entrou em campo em 22 partidas neste ano, só sendo menos utilizado do que o arqueiro Tiago Volpi.
O meio campista, que antes estava no Dynamo Kiev, custou à época 5 milhões de euros e havia sido um pedido de Cuca. O negócio foi oficializado no início de abril, justamente quando Cuca assumiu o time. Além dele, o Tricolor contratou neste período Alexandre Pato e Vítor Bueno. Vale destacar que Pato não havia sido solicitado pelo treinador. Vítor Bueno é outro jogador que conseguiu se consolidar no São Paulo, tanto com Cuca quanto com Diniz. Apesar de não viver hoje o seu melhor momento, ainda é titular e já disputou 18 partidas nesta temporada. No total, o atacante tem oito gols em 47 partidas pelo Tricolor paulista.
Marquinhos Calazans é pouco lembrado até mesmo pelos torcedores do São Paulo. Nem mesmo no site oficial do clube a ficha do jogador está no elenco profissional. Sem render, o atacante foi afastado do time e treina em horários alternativos. Além da questão técnica, a postura do atleta não agradou à diretoria. O jogador disputou quatro partidas pelo Tricolor e passou todas em branco. Aos 24 anos, ele ainda não tem gols como profissional. Calazans, que deixou o Fluminense após uma longa negociação, tem contrato com o São Paulo até 30 de junho de 2022. Caso algum clube se interesse pelo jogador, o Tricolor paulista deverá liberá-lo.
Por fim, vale destacar que o São Paulo também havia contratado Raniel para suprir uma carência no ataque quando Cuca era o treinador. Na época, ele havia indicado Raniel, que era do Cruzeiro, e Luciano, que estava no Fluminense e agora defende o próprio Tricolor. Hoje, Raniel atua no Santos.
Proibido contratar A situação no Santos é distinta. Cuca acertou com o clube em 7 de agosto. Três dias antes, o clube recebeu uma punição severa da Fifa. Por causa de uma dívida com o Huachipato, do Chile, referente a contratação de Yeferson Soteldo, os santistas ficarão três janelas proibido de contratar. Ainda antes de Cuca retornar ao Santos, Eduardo Sasha foi à justiça e conseguiu a rescisão de contrato com o clube, alegando falta de salários. Everson tentou o mesmo caminho, mas se arrependeu. Reintegrado ao grupo por Cuca depois de se mostrar arrependido, o goleiro acertou com o Atlético-MG.
A saída de jogadores, inclusive, é uma das preocupações de Cuca. O treinador já falou publicamente sobre a situação atual do Santos e aguarda pelo desbloqueio da Fifa. “Sabemos da necessidade de encorpar o elenco, pela importância das competições. A gente tem que encorpar”, disse o treinador na última semana, depois do empate por 2 a 2 com o Vasco, na Vila. “Se perder um Soteldo ou Marinho, reposição não é do mesmo nível. É difícil encontrar esse tipo de reposição no mercado. Perder um Lucas [Veríssimo] também… São fundamentais, o próprio Sánchez. Jogam quarta e domingo sem o mesmo rendimento pelo desgaste”, frisou.
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