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José Eduardo Martins
Depois de um mês pressionado, Fernando Diniz tem uma semana mais tranquila no São Paulo. Os últimos resultados, com destaque para a vitória no clássico com o Corinthians, no domingo (30), fizeram as críticas internas reduzirem. Embalado pelos recentes triunfos, o técnico ostenta o melhor retrospecto da chamada ‘era Leco’ (o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva assumiu, em outubro de 2015). No momento, o comandante tem 57,4% de aproveitamento dos pontos disputados, com 18 vitórias, oito empates e dez derrotas. Quem mais chega perto de tal marca é Diego Aguirre, que dirigiu o time em 2018 e obteve a marca de 55,8% (19 triunfos, 15 empates e nove derrotas).
O número que mais chama atenção é em relação aos clássicos. Desde setembro do ano passado no cargo, Diniz tem 57% de aproveitamento em jogos contra arquirrivais (três vitórias, três empates e apenas uma derrota). O desempenho é o melhor desde a passagem de Emerson Leão, entre 2004 e 2005, que tinha 62,5% (quatro vitórias, três empates e um revés). Curiosamente, uma das principais críticas ao treinador é por ele jamais ter conseguido se firmar em um clube grande. O retrospecto dele no Athletico-PR e no Fluminense foram ruins.
Outra crítica recorrente era ao sistema tático. O treinador era questionado por causa das mudanças na equipe e do posicionamento de alguns jogadores. No entanto, desde a troca no sistema defensivo, contra o Sport (com a alteração de quatro jogadores), o Tricolor engatou uma série de três vitórias. O desempenho de Diego Costa e Léo Pelé na zaga também foi bastante elogiado. Empolgados com o triunfo da equipe no domingo, até os candidatos à presidência do clube, Julio Casares e Roberto Natel, enviaram para os demais conselheiros vídeos comemorando e destacando o feito do time.
Mesmo durante o período de crise mais agudo, após a vexatória derrota para o Mirassol, nas quartas de final do Campeonato Paulista, e do início inconstante no Brasileirão, os diretores do departamento de futebol, Raí e Alexandre Pássaro, deram o seu apoio para Diniz. No entanto, em outros setores do Tricolor a pressão era grande para a troca. Agora, resta saber até quando o time vai manter a boa fase para seguir em águas calmas no Morumbi.
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