RMP: “São Paulo talvez seja o exemplo mais bem acabado de má gestão”

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UOL

No Fim de Papo, live pós-jogo do UOL na noite desta terça-feira (22), após a vitória do Flamengo por 2 a 1 diante do Barcelona de Guayaquil e a derrota do São Paulo por 4 a 2 para a LDU, em Quito, o comentarista Ricardo Rocha e os jornalistas Renato Maurício Prado e Pedro Ivo Almeida comentaram os jogos e o desdobramento dos resultados com a apresentação de Vinícius Mesquita.

Em derrota que deixou o São Paulo em situação complicada no grupo D da Libertadores, precisando vencer o River Plate fora de casa e tirar uma grande diferença de gols para se classificar, Renato Maurício Prado chama a atenção para a falta de criatividade do time de Fernando Diniz, fator que não era característico em outras atuações, e critica a gestão do clube.

“O que me impressionou muito hoje no jogo com a LDU foi ver como o São Paulo teve dificuldades de criar chances boas para marcar, coisa que sempre os times do Diniz tinham de sobra, eles às vezes pecavam na conclusão, mas eles criavam muito, criavam 14, 15 chances de fazer gols por partida. Mas esse São Paulo que eu vi hoje não criou quase nada”, diz Renato. “O São Paulo talvez seja o exemplo mais bem acabado daquilo de má gestão do seu elenco, do seu clube, do seu departamento de futebol, o São Paulo se perdeu, é impressionante, o São Paulo não tem mais nada a ver com aquele time majestoso que foi tricampeão mundial e jogava uma barbaridade”, completa.

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O jornalista questiona ainda se haverá paciência com o trabalho do técnico Fernando Diniz, prestes a completar um ano, no caso de confirmada a eliminação da Libertadores na próxima semana contra o River Plate, na Argentina, ficando com o Campeonato Brasileiro a disputar, e não vê perspectiva de títulos para o clube que não é campeão há oito anos.

“Pode ser que no Brasileiro ele consiga evoluir, mas aí eu me pergunto: vão dar tempo? Mais tempo ao Diniz? Porque o Diniz não começou ontem, ele já está há algum tempo lá, então depois da eliminação da Libertadores vai se dizer então ‘Diniz, agora você foca no Brasileiro?’, será que aí ele vai conseguir recuperar o time no Brasileiro? Eu tenho sérias duvidas, eu não vejo muita perspectiva de títulos para esse time do São Paulo”, comenta Renato. Com Fernando Diniz próximo de completar 1 ano no comando do São Paulo, Pedro Ivo Almeida afirma que é hora de reavaliar o que não vem dando certo e vê mais contras do que prós em relação ao trabalho do treinador.

“O trabalho já tem um ano, então acho que já é momento de refletir, não é exatamente demitir ou trocar, mas por que a gente ainda tem que acreditar que esse trabalho vai frutificar? Qual é o sinal que a gente tem? Por que a gente tem que acreditar que vai ganhar do River Plate fora?” questiona. “Por que a gente tem que acreditar que o trabalho vai evoluir e enfim decolar no Brasileiro? Acho que tem muito mais contras do que prós na avaliação de quase um ano do Fernando Diniz”, completa.

Flamengo vence desfalcado e com alguns sustos Já no Equador, o Flamengo venceu sem contar com jogadores importantes depois de sete atletas terem testado positivo para a covid-19, além de desfalques devido a lesão, casos de Gabigol e do goleiro Diego Alves, mas a atuação durante o segundo tempo preocupou os torcedores. Para Ricardo Rocha, ainda falta constância para o time comandado por Domènec Torrent em relação a aspectos que a equipe tinha com Jorge Jesus.

“O Flamengo precisa jogar, foi deixada uma maneira de jogar que encantou o Brasil, o mundo e encantou os torcedores do Flamengo. Essa maneira de jogar pressionando é maravilhosa e em alguns momentos hoje eu vi isso, em alguns momentos quando o Flamengo adiantou a marcação era bonito de se ver o toque de bola, a saída, mas não é constante. Antes não, era constante, era marcação dentro do campo do adversário 90 minutos. Com o Domènec não, tem momentos em que ele recua e aí o torcedor não está acostumado”, diz Ricardo.

Um ponto criticado por Renato Maurício Prado no Flamengo é a questão física do time que não conseguiu manter o ritmo após um bom início de partida em meio às adversidades no Equador.

“A primeira meia hora do Flamengo foi muito interessante, principalmente porque o time não jogou naquele futebol de totó do Dome, o Arrascaeta e o Pedro faziam a dupla de ataque lembrando um pouco Gabigol e Bruno Henrique na época do Jesus. A primeira meia hora foi muito boa, mas a partir daí surgiu um problema que eu acho que é o maior problema do Flamengo agora, é o preparo físico, esse time do Flamengo está muito mal de preparo físico, no segundo tempo os jogadores se arrastavam em campo”, diz Renato.

O Fim de Papo volta a ser apresentado nesta quarta-feira, após o clássico entre Grêmio e Internacional e o jogo entre Palmeiras e Guaraní do Paraguai, ambos pela Libertadores, além da partida entre Sport e Corinthians pelo Brasileirão e a decisão de vaga entre Vasco e Botafogo na Copa do Brasil.

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