GloboEsporte
Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan
Treinador vai sob forte pressão para o jogo contra o Inter.
Fernando Diniz completa neste sábado (26 de setembro) um ano como técnico do São Paulo e comandará o time contra o Inter, às 19h, no Beira-Rio, pelo Brasileirão.
Ele é o treinador mais longevo da “era Leco”, gestão iniciada com Carlos Augusto de Barros e Silva na presidência em outubro de 2015.
Parte desse tempo no cargo se deu em meio à paralisação do futebol pela pandemia de Covid-19. Não houve partidas entre meados de março e julho.
Fernando Diniz completa um ano no comando do São Paulo — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Entre treinadores da Série A, Fernando Diniz só perde em longevidade para Renato Gaúcho, há quatro anos no Grêmio. Diniz vence Rogério Ceni, no Fortaleza, por três dias.
Os 10 técnicos mais longevos da Série A
Técnico | Período | Clube |
1º Renato Gaúcho | 4 anos | Grêmio |
2º Fernando Diniz | 1 ano (366 dias) | São Paulo |
3º Rogério Ceni | quase um ano (363 dias) | Fortaleza |
4º Odair Hellmann | 10 meses (290 dias) | Fluminense |
5º Vanderlei Luxemburgo | 10 meses (286 dias) | Palmeiras |
6º Eduardo Coudet | 10 meses ( 285 dias) | Internacional |
7º Paulo Autuori | 8 meses (227 dias) | Botafogo |
8º Jorge Sampoli | 7 meses (201 dias) | Atlético-MG |
9º Guto Ferreira | 6 meses (192 dias) | Ceará |
10º Ramon Menezes | 6 meses (180 dias) | Vasco |
Fonte: ge
O São Paulo de Leco (outubro de 2015 até hoje) teve 12 treinadores, entre efetivos e interinos.
O levantamento do ge não leva em consideração Márcio Araújo, auxiliar de Diniz que dirigiu o time em dois jogos nos quais o técnico estava suspenso: contra o Inter, no Brasileirão de 2019, e o Binacional, na Libertadores deste ano. Essas partidas são contabilizadas no período de Diniz.
Pintado dirigiu o time de forma interina, mas não está na tabela abaixo pois comandou a equipe em poucos jogos espaçados por diferentes períodos de tempo.
Jardine, por sua vez, tem contabilizada apenas a passagem final, iniciada como interino e depois tornada efetiva.
Como técnico do São Paulo, Fernando Diniz tem mais tempo, mas menos jogos do que Edgardo Bauza, que saiu do Tricolor para dirigir a seleção da Argentina.
Os números dos técnicos da “era Leco”:
Técnicos do São Paulo desde outubro de 2015
Treinador | Período | Aproveitamento | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas |
Fernando Diniz | 12 meses (setembro 2019-hoje) / 366 dias | 53,7% | 44 | 20 | 11 | 13 |
Dorival Júnior | 8 meses (julho 2017-março 2018) / 247 dias | 51,6% | 40 | 17 | 11 | 12 |
Diego Aguirre | 8 meses (março 2015-novembro 2015) / 245 dias | 55,8% | 43 | 19 | 15 | 9 |
Edgardo Bauza | 7 meses (dezembro 2015-agosto 2016) / 228 dias | 44,% | 48 | 17 | 13 | 18 |
Rogério Ceni | 7 meses (novembro 2016-julho 2017) / 221 dias | 49,5% | 37 | 14 | 13 | 10 |
Cuca*** | 5 meses (abril 2019-setembro 2019) / 178 dias | 47,4% | 26 | 9 | 10 | 7 |
Ricardo Gomes | 3 meses (agosto 2016 – novembro 2016) / 102 dias | 42,5% | 18 | 6 | 5 | 7 |
André Jardine** | 3 meses (novembro 2018 – fevereiro 2019) / 95 dias | 33,3% | 15 | 4 | 3 | 8 |
Vagner Mancini* | 1 mês e meio (fevereiro 2019 – abril 2019) / 46 dias | 48,1% | 9 | 3 | 4 | 2 |
Milton Cruz* | 27 dias (novembro 2015 – dezembro 2015) | 75% | 4 | 3 | 0 | 1 |
Doriva**** | 13 dias (outubro de 2015 – novembro 2015) | 33,3% | 3 | 1 | 0 | 2 |
Fonte: São Paulo FC
* Treinadores interinos;
** Jardine começou como interino e depois virou técnico efetivo. Números só contam a última passagem fixa do técnico e não levam em consideração as outras passagens interinas;
*** Foi anunciado em fevereiro, mas deu seu primeiro treino em abril, pois estava em período de recuperação médica;
**** Foi o último técnico contratado por Carlos Miguel Aidar, ex-presidente que renunciou em outubro de 2015. Os jogos válidos são a partir da eleição de Leco, no dia 27 de outubro de 2015.
Fernando Diniz completa um ano no cargo sob forte pressão. Ele tem duas “finais” pela frente: o duelo com o Internacional é um confronto direto pelas primeiras posições do Brasileirão. Dois pontos separam Inter (20), segundo colocado, e São Paulo (18), terceiro lugar, na tabela.
Depois, o rival é o River Plate, quarta-feira, pela Libertadores, na Argentina, em jogo decisivo pela vida na fase de grupos. Uma derrota elimina o time. Um empate deixa o São Paulo praticamente fora, a depender de uma derrota do River e ainda tirar uma diferença de 11 gols de saldo na última rodada.
Seria mais uma frustração. No Brasileirão de 2019, Fernando Diniz não conseguiu levar o São Paulo além do sexto lugar, com 63 pontos. No Paulistão deste ano, a equipe foi eliminada nas quartas de finais pelo Mirassol.
LEIA TAMBÉM:
- Além das 4 linhas – Made in Cotia
- Contratações do São Paulo para 2025: veja quem chega, quem fica e quem vai embora
- Luciano tem sondagens de clubes árabes e pode deixar o São Paulo
- Último jogo do ano mostra que base pode ser solução para São Paulo endividado
- São Paulo termina Brasileirão com menos de 60 pontos pelo 4º ano consecutivo